No domingo, o "New York Times" abriu o alto da primeira página para foto de Adriana Zehbrauskas —e o site para "loops", vídeos curtos— com a família de Sophia Valentina, de um ano, na cidade pernambucana de Escada.

Imagens e reportagem mostraram como, "no empobrecido Nordeste, pais devotados vivem para as necessidades de crianças cujas incapacidades graves só agora estão começando a ser compreendidas".

Em outro texto e vídeo, foi também retratado o cotidiano da família de Eduarda Vitória, numa favela de Recife. Em suma, com "milhares de novas infecções na América Latina, é ameaça contínua".

Duas semanas antes, o mesmo "NYT" havia destacado, em título, que o "Desmatamento da Amazônia, antes domesticado, volta rugindo".

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ASSOMBRADO

Nos emergentes, sobre Brasil, interessou mais uma entrevista de Temer à revista "Veja" dizendo por que teria deixado o Palácio da Alvorada.

No "Times of India", "Assustado, mudou por causa de fantasmas. No russo "RT", também "por causa de fantasmas. Para o "South China Morning Post", foram "fantasmas e más energias".

GUERRAS COMERCIAIS

Na capa do "Financial Times" do fim de semana, "Casa Branca tem guerra civil por causa de comércio". O Salão Oval teve outra "reunião em chamas", agora opondo isolacionistas e liberais econômicos, estes oriundos do Goldman Sachs.

O motivo é que semana que vem tem encontro de ministros do G20, Brasil inclusive, na Alemanha —e a chanceler Angela Merkel vai a Washington.

	Reprodução
	Na revista do 'FT', 'O problema com os fatos'

AGNOTOLOGIA

O "Financial Times" (imagem acima) resgatou uma expressão, Agnotologia, "o estudo de como a ignorância é produzida deliberadamente", criada para descrever como a indústria do tabaco abafou a divulgação de estudos sobre o vínculo de cigarro e câncer. Mostra que as mesmas técnicas têm ajudado na ascensão de Trump e outros.

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O jornalista Nelson de Sá cobre mídia e cultura na Folha. Escreve de segunda a sexta.