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    Nelson de Sá

    Protestos no Brasil avançam 'mais' à direita; na Rússia, surge pato amarelo

    28/03/2017 10h31

    O "New York Times" publicou, na página 8 de segunda, a reportagem "conservadores brasileiros avançam ainda mais para a direita em protesto", anotando que "o comparecimento diminuiu significativamente".

    Eles saíram "em apoio à Operação Lava Jato, que comandou o impeachment de Dilma Rousseff, embora ela nunca tenha sido acusada pessoalmente de corrupção". Agora se concentram em bandeiras direitistas:

    Pediram mais liberdade para portar armas e defenderam até intervenção militar, como em 1964, quando um golpe levou a 21 anos de ditadura... O Movimento Brasil Livre, um dos grupos por trás das manifestações, incluiu a revogação do Estatuto do Desarmamento na lista de demandas... Muitos disseram que votariam nas eleições de 2018 em Jair Bolsonaro, legislador de extrema-direita que elogia torturadores da era da ditadura.

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    Também no "NYT", mas na capa desta terça, "Jovens deixam apatia e assustam Kremlin", sobre os protestos na Rússia, no domingo. Teriam sido estimulados por um vídeo de YouTube que acusou o primeiro-ministro Andrei Medvedev de corrupção. A repressão foi ampla, segundo o jornal:

    A polícia prendeu manifestantes em alguns casos por nada mais que carregar um pato de borracha, um símbolo do dinheiro gasto, segundo informa [o vídeo], numa lagoa de patos de uma residência do governo.

    É o mesmo pato amarelo, segundo sites pró-Rússia, que surgiu nos protestos "que derrubaram a legítima líder Dilma Rousseff".

    Reprodução
    Em sites russos, imagem de manifestantes com cartazes mostrando pato amarelo
    Em sites como 'Fort Russ', manifestantes com cartazes destacando imagem de pato

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    Também no domingo, cerca de 100 mil foram às ruas de Londres em defesa da permanência do Reino Unido na União Europeia. Mas a BBC pouco cobriu e, quando o fez, destacou que a manifestação lembrou as vítimas do ataque ao Parlamento na semana passada, o que causou revolta contra o canal estatal, segundo o "Independent".

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    O jornalista Nelson de Sá cobre mídia e cultura na Folha. Escreve de segunda a sexta.

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