O apresentador Bill O'Reilly, a face mais conhecida da Fox News, foi exposto no domingo por cinco acusações de assédio sexual que o canal ou ele próprio pagaram para manter fora da Justiça e do noticiário. Foi uma reportagem de Emily Steel e Michael S. Schmidt, na primeira página do "New York Times" (reprodução acima).

Na segunda-feira, como voltam a informar os dois repórteres, uma nova acusação surgiu na Fox News, agora contra o ex-diretor Roger Ailes, demitido em 2016 por outros casos de assédio sexual, e dois anunciantes suspenderam a publicidade no programa "The O'Reilly Factor", as montadoras Mercedes-Benz e Hyundai. Ainda assim:

Apesar do histórico de acusações contra O'Reilly, o canal estendeu seu contrato, previsto para expirar neste ano. Ele ganha cerca de US$ 18 milhões por ano. Quando prorrogou o contrato, a Fox News sabia dos múltiplos acertos que haviam sido alcançados com mulheres que se queixaram de seu comportamento.

Uma das primeiras foi Andrea Mackris, produtora do "O'Reilly Factor", que afirmou em juízo que "ele disse a ela para comprar um vibrador e telefonou para ela, por vezes, descrevendo fantasiais sexuais com ela e soando como se estivesse se masturbando ". Ela gravou algumas das conversas.

PS 11h15 - "Steel" acaba de tuitar que um terceiro anunciante, a BMW, suspendeu a publicidade no programa.
PS 12h30 - E agora são cinco.

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armstrong

O "Business Insider" noticia que, quando a gigante de telefonia Verizon fundir Yahoo e AOL, a nova divisão vai se chamar Oath. Em português, juramento. Depois que o site deu a notícia, o presidente da AOL, futuro presidente da Oath, Tim Armstrong, publicou o tuíte acima, que promete:

Mais de um bilhão de consumidores, mais de 20 marcas, um time imparável. #FaçaOJuramento. Verão de 2017.

Mais sobre Armstrong, aqui.

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O jornalista Nelson de Sá cobre mídia e cultura na Folha. Escreve de segunda a sexta.