"New York Times" e "Wall Street Journal" já trouxeram a notícia em suas edições impressas desta quarta, em páginas internas.
No enunciado do primeiro, "Governo de Michel Temer cambaleia com dezenas enfrentando novas investigações de corrupção", destacando os nomes de Eliseu Padilha e Aloysio Nunes Ferreira. Do segundo, "Corte Suprema autoriza investigação de altos funcionários do governo", destacando Padilha e Moreira Franco.
Abrindo a reportagem do "NYT":
— Um juiz autorizou novas investigações de corrupção envolvendo dezenas dos políticos mais poderosos do país, causando mais um golpe ao governo sitiado de Michel Temer. Quase um terço do Ministério e quase um terço do Senado serão alvo de inquéritos. O governo de Temer saltou de escândalo em escândalo com baixa aprovação desde que assumiu o poder, há quase um ano, depois de uma prolongada batalha para expulsar sua antecessora esquerdista, Dilma Rousseff.
O "Financial Times" entrou nesta quarta na cobertura, concentrando-se nos efeitos para o mercado financeiro, com o título "Real é atingido com ordem judicial de novas investigações de corrupção":
— As investigações de mais de 60 parlamentares, incluindo os presidentes da Câmara e dos dois principais partidos da coalizão governista, abalaram o Congresso, ameaçando desestabilizar um programa de reformas considerado crucial para a confiança do mercado.
No alemão "Die Zeit", "Governo do Brasil continua sob pressão : Procuradoria pode investigar nove ministros no escândalo de corrupção da Odebrecht". Destaca Padilha, Aloysio e Blairo Maggi.
No argentino "Clarín", "Brasil amanhece em estado de choque com a imputação de 98 políticos, inclusive três ex-presidentes". Cinco, na verdade.
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No site do think tank Americas Society, de Nova York, Brian Winter listou vencedores (Lula, João Dória, aposentados e centrais sindicais) e perdedores (todo o establishment político, Michel Temer, os 12 milhões de desempregados do Brasil).
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O jornalista Nelson de Sá cobre mídia e cultura na Folha. Escreve de segunda a sexta.