• Colunistas

    Saturday, 18-May-2024 03:18:36 -03
    Nelson de Sá

    'Sem fim', crise de corrupção no Brasil ameaça causar 'fadiga de escândalos'

    13/04/2017 21h27

    No título da coluna "Corruption Currents", do "Wall Street Journal", com foto de Michel Temer: "A crise de corrupção sem fim do Brasil". E na reportagem do mesmo "WSJ", "Temer, do Brasil, supostamente ligado a suborno de US$ 40 milhões ". O jornal se pergunta:

    — Parece que nunca vai acabar, mas será que o povo brasileiro não vai ficar com fadiga de escândalos?

    No título de um artigo da nova edição da "Foreign Affairs", principal revista americana de política externa, exatamente o mesmo enunciado da coluna do "WSJ": "Brazil's Never-Ending Corruption Crisis".

    O jornalista Brian Winter escreve "por que a transparência radical é a única forma de consertar" o que acontece no país. Descreve escândalos de corrupção como "rotina" por aqui há 60 anos.

    londono

    MISOGINIA

    Ernesto Londoño, que será o novo correspondente do "New York Times" no Brasil, fez sua pré-estreia entrevistando Dilma Rousseff. O jornal destacou uma frase dela:

    — Havia um elemento bastante misógino no golpe contra mim.

    O colombiano Londoño, editorialista de América Latina, chamou a atenção com escritos sobre a reaproximação entre Cuba e Estados Unidos e sobre os direitos de transgêneros.

    *

    PÓS-VERDADE

    Uma pesquisa do instituto Ipsos para o site "BuzzFeed" mostrou que 54% dos americanos acreditam nas notícias que veem no Facebook "só um pouco" ou "de jeito nenhum". Por outro lado, 48% dizem que o Facebook se tornou fonte de notícias.

    'FAKE NEWS'

    Na Alemanha, sob ameaça de nova legislação com multas milionárias em caso de propagar notícias falsas, o Facebook publicou anúncios de página inteira em jornais como "Bild" e "Süddeutsche Zeitung". Diz que "notícias falsas podem ser identificadas" e: "Nós lutamos contra sua propagação":.

    PROPAGANDA

    Depois do programa sobre jornalismo da CNN, "Reliable Sources", também o site de crítica de mídia "Poynter" e até a revista "Time" se questionam sobre o papel das imagens da Síria -que teriam levado Donald Trump a ordenar o ataque- na guerra de informação do conflito. Num dos enunciados: "As fotos de crianças mortas na Síria são uma forma de propaganda?".

    ERRO

    Após abraçar Trump pelo ataque à Síria, "NYT" e "Washington Post" fecharam a semana procurando se afastar de seu próprio militarismo -e do presidente americano- com manchetes afirmando que um novo ataque "matou 18 aliados". Foi o terceiro bombardeio do novo governo que matou "civis ou aliados" no país.

    nelson de sá

    toda mídia

    nelson de sá

    O jornalista Nelson de Sá cobre mídia e cultura na Folha. Escreve de segunda a sexta.

    Edição impressa

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024