Os americanos "New York Times" e "Washington Post", ao noticiar a decisão de Donald Trump contra o acordo de Paris, destacaram que "quase todos os países assinaram o pacto". Que foram "todos menos dois ", Síria e Nicarágua: "Os Estados Unidos serão o terceiro".

"WP", "Wall Street Journal" e "Financial Times" enfatizaram ainda o contraste agudo com a União Europeia e a China, que reafirmaram seu apoio ao acordo. Na Alemanha, o "Süddeutsche Zeitung" também sublinhou o isolamento americano em comparação à China.

E na manchete do "South China Morning Post", jornal de Jack Ma, dono do Alibaba, "China se compromete a trabalhar com a União Europeia no acordo do clima mesmo com os EUA fora".

ALEMANHA & CHINA

Enquanto o presidente americano anunciava sua decisão, a chanceler alemã e o primeiro-ministro chinês se encontravam em Berlim, para fotos com muitas risadas, via agência Xinhua e imprensa da Alemanha. Na descrição do "Die Welt", "Li levanta uma questão atrás da outra contra Trump e Merkel mal consegue esconder sua satisfação".

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HORIZONTE

No título do "FT" para o PIB do primeiro trimestre, "Brasil rasteja
para fora da recessão após solavanco da safra de soja". O jornal ouve do Goldman Sachs em Nova York que o segundo trimestre ainda vai "pagar" pelo solavanco.

O "WSJ" também ouve o banco americano e "muitos economistas" que alertam não só para a safra inusitada, mas para o "desemprego alto, sem demanda no horizonte".

COM OU SEM

A exemplo do ministro Henrique Meirelles, Pedro Parente chamou correspondentes e anunciou que vai continuar até o fim de 2018, com ou sem Temer. No enunciado do "WSJ", que dedicou mais atenção à declaração do que ao PIB, "CEO da Petrobras afirma que não vai se demitir mesmo que o presidente do Brasil deixe o cargo ".

	Reprodução
	Manifestantes dançam e bebem no vídeo em 360 graus do ato pelas diretas já em Copacabana, no 'NYT'

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O jornalista Nelson de Sá cobre mídia e cultura na Folha. Escreve de segunda a sexta.