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    Nelson de Sá

    Em choque com 'desastre' de May, Reino Unido já antevê nova eleição

    08/06/2017 22h29

    As manchetes digitais dos britânicos "Telegraph" e "Independent", mal saiu a pesquisa de boca de urna pela BBC, apelaram à palavra "choque" para descrever o resultado. O "Financial Times" encontrou expressão um pouco diversa, "desastre".

    Também nas primeiras páginas do "Guardian" e de outros nesta sexta-feira, divulgadas pouco mais uma hora depois e reproduzidas acima, "choque".

    Embora ainda soassem por todo lado os avisos para esperar os resultados oficiais, os jornais de referência no Reino Unido fecharam suas edições com o "fracasso" na aposta da primeira-ministra Theresa May, que convocou a eleição antevendo vitória por larga margem.

    Também nas manchetes impressas dos tabloides que a apoiaram agressivamente até a eleição, enunciados como "No fio da navalha", no "Daily Mail", e "Mayhem", caos, em trocadilho com May, no "Sun", também reproduzidos acima.

    Na BBC, uma especulação recorrente passou a ser que, sem governo com maioria, vem aí "outra eleição".

    SEMPRE A RÚSSIA

    Nas piadas britânicas pelo Twitter, que se seguiram ao susto com o levantamento de boca de urna, reclamos de que a Rússia fraudou a pesquisa. Ou que o Reino Unido já importa tão pouco que a Rússia nem se dá ao trabalho.

    DA RÚSSIA

    Na agência de notícias estatal Sputnik, destaque para a provável derrota da "aposta" da primeira-ministra britânica. No site do canal estatal RT, o futuro de May em dúvida diante da "humilhação".

    NOS EUA, RÚSSIA

    Enquanto isso, CNN, "New York Times" e demais veículos americanos cobriam extensivamente o depoimento do ex-diretor do FBI, novo capítulo da novela sobre a investigação dos elos entre Trump e a Rússia.

    'NÃO ERA VERDADE'

    Em meio à obsessão com o depoimento, o "NYT" precisou se defender de críticas do ex-diretor do FBI, que questionou reportagem sua -e o jornalismo americano em geral, ecoando Trump.

    MERKEL & MACRI

    Ao largo dos problemas de Trump, May ou Michel Temer, a chanceler alemã Angela Merkel viajou à Argentina com promessas comerciais ao presidente Mauricio Macri, para ampla atenção local. Em seguida vai ao mexicano Enrique Peña Nieto.

    Reprodução
    Capa do francês "Charlie Hebdo", antes da eleição, com primeira-ministra britânica decapitada

    'DEMAIS É DEMAIS'

    Na véspera da eleição britânica, na capa do jornal satírico francês, reproduzida acima, a primeira-ministra já surgia decapitada por seus comentários pós-atentado de Londres.

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    O jornalista Nelson de Sá cobre mídia e cultura na Folha. Escreve de segunda a sexta.

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