trump

De início, a própria CNN não parecia acreditar no vídeo de Donald Trump, reproduzido acima. Chamou de "tuíte juvenil". E num programa de debate uma comentarista falou que era "uma piada, nada sério", e que ele "tem direito de reagir".

Mas a mensagem subliminar de violência logo se evidenciou para a CNN e por quase toda parte. O "New York Times" destacou que o vídeo causou "incredulidade". O "Washington Post" chegou a dar na manchete que o presidente americano "parece promover violência contra a CNN".

Os maiores veículos de apoio ao governo, como Fox News, "Drudge Report" e "Breitbart News", festejaram ainda mais, com manchetes como "Mídia derrete", "Mídia surta" e "Esquerda se liquefaz", respectivamente.

Mas a própria direita americana dá sinais de temer a escalada contra a mídia, casos de "National Review", com o enunciado abaixo, tratando o presidente como um viciado em mídia que está sem sua dose, e "Wall Street Journal".

Ao fundo, o "WP" e o "BuzzFeed" descobriram que Trump parece ter copiado o vídeo, editado daquela forma, de um fórum do Reddit que se transformou no ponto de encontro para a extrema-direita, The_Donald.

	Reprodução

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ELOGIO DEMAIS

Aliado de Trump, o rei da Arábia Saudita, segundo o jornal saudita "al-Jazirah", destacado pela Reuters, ordenou que um colunista "excessivamente entusiasta", que o comparou a deus, seja suspenso das funções na publicação.

Segundo outro jornal, "Okaz", o monarca teria enviado uma carta ao seu ministro da Informação dizendo estar "chocado com algumas das frases usadas na coluna".

CRÍTICA DEMAIS

O Qatar ganhou até quarta-feira para responder à demanda saudita de, entre outras coisas, fechar o canal de notícias Al Jazeera. Seu ministro da Defesa se diz pronto para responder a um ataque.

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O jornalista Nelson de Sá cobre mídia e cultura na Folha. Escreve de segunda a sexta.