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    Nelson de Sá

    No cotidiano dos moderadores do Facebook, vídeos de decapitação

    12/07/2017 02h10

    DPA
    Equipe de moderadores do Facebook em Berlim

    Sob pressão de uma legislação alemã recém-aprovada, contra discurso de ódio nas redes sociais, o Facebook abriu sua central de 650 moderadores em Berlim (acima) para a agência DPA, jornais como o "Berliner Morgenpost" e revistas como a "Der Spiegel". De uma moderadora de 28 anos:

    — Eu ainda me lembro do meu primeiro vídeo de decapitação. Eu desliguei, saí e chorei. Agora estamos acostumados com isso e não é mais tão horrível.

    De outra, citando automutilação de usuários:

    — Eu não tenho mais fé na humanidade.

    *

    O ERRO

    O "Washington Post" informa que, um mês e meio depois de "fracassar na proteção de fonte", o site "The Intercept", fundado por Glenn Greenwald e outros, "agora está se corrigindo", buscando reparar o que fez.

    O site diz que ninguém será demitido e se nega a falar qual foi o erro. O "WP" registra que um ou mais repórteres, ao checar as informações vazadas com a NSA (Agência Nacional de Segurança), teriam indicado o caminho até a fonte.

    Reality Winner foi presa, indiciada por espionagem e pode ser punida com anos de cadeia. O "Intercept", que é bancado pelo fundador do eBay, o bilionário Pierre Omidyar, vai ajudar seus advogados na defesa.

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    O jornalista Nelson de Sá cobre mídia e cultura na Folha. Escreve de segunda a sexta.

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