Depois do choque inicial do noticiário sobre a condenação de Lula, o "Financial Times" destacou que ela "divide o Brasil". No texto, "existem poucos nomes que dividem os brasileiros mais do que o do metalúrgico tornado líder sindical que perdeu parte do dedo no chão da fábrica".
No francês "Le Figaro", "#LulaInocente contra #LulaNaCadeia em redes sociais, rua ou Congresso, os brasileiros racham depois da sentença".
Sempre opinativa, a nova edição da "Economist" destaca "Por que a Lava Jato tem que continuar". Em suma, "se a investigação parasse agora, Lula estaria certo em apontar parcialidade" da Justiça. Para tanto, a revista aceita até a saída de Temer, apesar das reformas: "Se Mr. Temer de fato cometeu crime, qualquer estabilidade que ele ofereça é falsa".
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A alemã Deutsche Welle publicou o comentário "Lula, herói trágico do Brasil" (acima). Em suma, "Qualquer que seja o veredito final contra o ex-presidente, não vai diminuir a sua enorme contribuição".
O "Wall Street Journal" também perfilou Lula, destacando que a condenação "mancha uma ascensão célebre", que saiu "de criança engraxate para chefe de sindicato e para presidente da maior nação da América Latina".
MARINA LÁ
No "New York Times", o correspondente Ernesto Londoño, há uma semana na função, colocou "de um lado" o septuagenário Lula, como parte da "cultura de corrupção" do país, e do outro procuradores e juízes, "muitos em seus 20, 30, 40 anos".
Ouve Marina Silva, que segundo ele "pode se beneficiar". Ela diz que os escândalos podem levar à "reinvenção da política", não só no país mas "para o mundo".
nelson de sá
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O jornalista Nelson de Sá cobre mídia e cultura na Folha. Escreve de segunda a sexta.