Em reportagem no "Wall Street Journal", intitulada "Novo desafio ao poder dos Estados Unidos: O excepcionalismo da China", 80% dos chineses se dizem satisfeitos com o país. A pesquisa Pew levantou também que, em 7 de 10 países europeus, inclusive Alemanha, a China já passou e "é considerada a maior potência econômica".

Na mesma linha, em reportagem no "New York Times", um plano chinês de infraestrutura investirá US$ 1 trilhão da Ásia até a Europa, visando "estabelecer hegemonia sobre metade do mundo", Irã inclusive.

Ao fundo, o "Washington Post" noticiou que a Coreia do Norte está perto de "dominar a tecnologia para enviar uma ogiva a milhares de milhas". O "NYT" acrescentou que o Havaí já "se prepara para um ataque nuclear coreano". E o "WSJ", que a "China se prepara para crise na fronteira coreana, inclusive ataque dos EUA".

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A imprensa chinesa também se agita com o risco de guerra, no vizinho tão próximo de suas principais cidades, Pequim e Xangai. Na manchete do estatal "Global Times", reproduzida na imagem acima, "Exército de Libertação Popular aprimora capacidade de combate", por causa da "possibilidade crescente de conflito militar".

Destaca como possíveis teatros a Península Coreana, onde jatos chineses afastaram um avião espião dos EUA no domingo, o Mar do Sul da China e o Tibet do Sul, este em disputa com a Índia. Em editorial, diz que a marinha pode "responder à provocação dos EUA". Em artigo, alerta os EUA para não "instigar confronto sino-indiano".

Até o privado "South China Morning Post" levou à manchete que "Militares chineses estabelecem agência de pesquisa de armas de alta tecnologia" para se contrapor a uma agência semelhante do Pentágono.

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O jornalista Nelson de Sá cobre mídia e cultura na Folha. Escreve de segunda a sexta.