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    Nelson de Sá

    'América é agora uma nação perigosa'

    'Raça e Terror': Documentário da Vice, transmitido nos Estados Unidos pela HBO, registrou os cantos e a racionalização do ódio nos atos neonazistas no Estado da Virgínia

    16/08/2017 02h00

    Nas manchetes de "New York Times", "Washington Post" e "Wall Street Journal", Donald Trump "abandona o tom contido" e defende os direitistas que foram à Virgínia, dizendo que "nem todos eram neonazistas".

    No "Financial Times" (em português, aqui), a coluna de Gideon Rachman, mais lida ao longo do dia, avisou no título que a "América é agora uma nação perigosa". Argumenta com as reações de Trump a Virgínia, Coreia do Norte e Venezuela.

    Diz que ele está perto de "explorar um conflito internacional para escapar de dificuldades internas". E que é "sintoma de uma crise maior na sociedade americana, que não vai desaparecer" se Trump sair, por ter causas sociais e demográficas e pela "cultura política que venera armas e os militares".

    COREIA

    O "NYT" destacou que o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, "advertiu sem rodeios" o americano contra um ataque à Coreia do Norte. E que jornais sul-coreanos como "JoongAng Ilbo" chamam Trump de "um presidente perigoso".

    Ecoou no país a entrevista do senador republicano Lindsey Graham à rede NBC, dizendo que ouviu de Trump: "Se milhares morrerem, eles vão morrer lá. Não vão morrer aqui".

    IRÃ

    O "NYT" destacou também que "o presidente iraniano ameaça reiniciar o programa nuclear", se Trump inviabilizar o acordo entre os dois países. Segundo Hassan Rouhani, ele "vem mostrando ao mundo e a seus aliados que os EUA não são confiáveis".

    VENEZUELA

    Também no "NYT", o vice de Trump ouviu do presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, que "a possibilidade de uma intervenção militar [na Venezuela] não deveria nem ser considerada".

    A ameaça americana "uniu a América Latina contra os EUA", segundo o jornal, citando ainda, pela ordem, Peru, México e Brasil.

    CHINA

    "NYT" e "FT", em ação coordenada, chegaram a publicar artigos de funcionários dos EUA contra "o roubo de propriedade intelectual" pela China, em defesa de ação recém-lançada por Trump.

    Mas o "WSJ" logo alertou que "o presidente americano está fazendo uma aposta perigosa" ao vincular demandas comerciais e pressões por intervenção chinesa na Coreia do Norte.

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    O jornalista Nelson de Sá cobre mídia e cultura na Folha. Escreve de segunda a sexta.

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