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    Nelson de Sá

    Indústrias fogem para o Paraguai; Brasil agora é um dos 'Fragile Five'

    28/08/2017 02h00

    Reprodução

    Com a foto acima, da linha de montagem de roupas da Riachuelo em Limpio, subúrbio de Assunção, o "Wall Street Journal" publicou a longa reportagem "Aflições do Brasil se multiplicam e os fabricantes se mudam para o Paraguai".

    O texto, enviado de Ciudad del Este, na fronteira, afirma que o Paraguai está virando "um eixo de indústrias" que estão "em mudança do Brasil".

    O mesmo "WSJ" avisa que "os dias de vantagem dos juros nos emergentes estão contados", pelos cortes que vêm realizando, "comandados em grande parte por países como o Brasil", e pela alta nas taxas dos Estados Unidos e agora também da União Europeia.

    E o "Financial Times" acrescenta, em artigo de um estrategista de investimentos, que uma corrida para os títulos da dívida americana, em busca de segurança, teria "impacto particularmente negativo para os chamados Fragile Five", os cinco frágeis, com déficit em conta corrente: Turquia, Índia, África do Sul, Indonésia e Brasil.

    Segundo levantamento noticiado por Lauro Jardim, no exterior, 80% das reportagens sobre o Brasil são negativas. Em 2009, 83% eram positivas.

    *

    EM ALTA, MAS

    No rastro da mídia francesa, "Le Monde" inclusive, a agência Reuters passou os últimos dias na caravana de Lula pelo Nordeste.

    O enviado Anthony Boadle cobriu discurso, fez entrevista exclusiva e terminou a semana com a análise " Lula em alta, mas retorno parece fora do alcance ", citando uma eventual condenação em segunda instância. Destaca, do Datafolha, que a rejeição de Lula já caiu para 46% em julho, contra 53% em abril e 57% em março.

    UM EPISÓDIO

    Já o novo correspondente do "New York Times", Ernesto Londoño, foi a Curitiba e descreve que, "fora do tribunal, camisetas com foto de Sergio Moro saem por R$ 12". Mas diz que ele, embora "celebridade", com "cultuadores", é "estudioso" e "reservado".

    Ouve dele que "o caso conhecido como Lava Jato" corre o risco de ser "só uma coisa episódica".

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    O jornalista Nelson de Sá cobre mídia e cultura na Folha. Escreve de segunda a sexta.

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