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    Nelson de Sá

    Goldman Sachs, que criou os Brics, volta a apostar 'tudo' nos emergentes

    22/11/2017 02h10

    No enunciado do "Wall Street Journal" para as apostas do banco de investimentos, "Negócios Top de 2018 do Goldman Sachs: É tudo sobre mercados emergentes".

    Nos destaques da Bloomberg para o mesmo estudo, "Emergentes tomam o centro do palco", caso das "moedas ligadas a commodities", devido ao "crescimento da atividade global".

    Os estrategistas do banco sugerem que "uma cesta com 25% de real brasileiro, 25% de peso chileno e 50% de sol peruano deve dar retorno de 8% sobre o dólar".

    De maneira geral, o índice de referência para investimento em emergentes deve crescer 15% em 2018. Por outro lado, abrindo o texto do "WSJ":

    — Esqueça os EUA.

    Foi o Goldman Sachs que cunhou em 2001 o acrônimo Bric, para Brasil, Rússia, Índia e China, num estudo sobre aplicação financeira global.

    'LULA, PLEASE GOD, NO'

    No título da coluna de Kenneth Rapoza sobre emergentes, na "Forbes" : "'O mercado não ficará feliz' se Lula se tornar presidente de novo".

    O longo texto abre com a frase "Lula, pelo amor de Deus, não", que refletiria o que "a maioria dos investidores em mercados emergentes estão dizendo, neste momento". Destaca, de um dos estrategistas financeiros ouvidos, a pergunta comum:

    — Se ele ganhar, vamos ter o mesmo Lula [do governo] ou um Lula mais bravo, radical?

    TUDO TEM LIMITE

    Jair Bolsonaro é "uma incógnita" para os investidores, diz a "Forbes".

    E a Bloomberg já anuncia que a inglesa Cambridge Analytica, "a empresa de 'big data' que ajudou a eleger Donald Trump, está prospectando clientes" para a eleição presidencial no Brasil, mas não quer saber de "extremista".

    O sócio brasileiro da Analytica, André Torretra, citando um parente "preso e torturado" pela ditadura militar, explicou: "Tudo na vida tem limite".

    'NEW RENEWAL'

    A Bloomberg também produziu a análise "Wall Street brasileira começa a mergulhar na política".

    Como exemplos dessa "Wall Street brasileira", cita os ex-presidentes do Banco Central Gustavo Franco, "que se filiou ao Partido Novo (New Party), fundado por um banqueiro proeminente" do Itaú BBA, e Armínio Fraga, "que está dando suporte ao Renova (Renewal), uma espécie de escola de finalização de estudos para possíveis políticos".

    AMLO PAZ E AMOR

    Já o "Financial Times" trata da eleição de 2018 no outro gigante latino-americano, o México, onde o "esquerdista radical" Andrés Manuel López Obrador, o Amlo, soltou manifesto "que visa afastar a crítica de que é um demagogo inimigo do mercado".

    Líder nas pesquisas, ele promete "administração austera, responsável e honesta dos gastos públicos e preservação dos equilíbrios macroeconômicos", fazendo mudanças "sem aumento de impostos ou da dívida pública".

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    O jornalista Nelson de Sá cobre mídia e cultura na Folha. Escreve de segunda a sexta.

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