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    Painel - Andréia Sadi, Vera Magalhães

    PT lista aliados de Campos que não devolveram cargos e cita tio do governador

    DE SÃO PAULO

    17/10/2013 03h30

    Aviso prévio? Empenhados em desconstruir o discurso crítico adotado por Eduardo Campos após entregar os cargos do PSB no governo federal, petistas concluem lista das vagas que continuam ocupadas por aliados do governador, um mês depois do anúncio do desembarque. Além de postos na Chesf e no Ministério da Integração, o PT cita o nome de Marcos Arraes de Alencar, tio de Campos, indicado pelo governador para mandato na diretoria da Hemobras (Empresa Brasileira de Hemoderivados).

    Bons tempos Já o ex-ministro Fernando Bezerra, que deixou a Integração Nacional e é cotado para ser o candidato do PSB à sucessão de Campos em Pernambuco, usa o Twitter diariamente para propagandear as obras da pasta.

    Numerologia Convidado para a reunião da Executiva do PSB e da Rede na quarta-feira (16), Pedro Simon (PMDB) fez duras críticas a Dilma. O senador gaúcho sugeriu que, se for criar ministérios para agradar a base aliada, a presidente anuncie duas pastas, para que o total seja 41, e não 40, número do PSB na urna.

    Sem pressa Aliados de Aécio Neves (PSDB) decidiram em reunião na quarta-feira (16) que usarão os próximos meses para consolidar a aliança com DEM, Solidariedade e PPS. Só devem buscar as siglas da base de Dilma (como PP, PTB e PR) após março.

    Ameaça Reunidos com Michel Temer na terça-feira (15), senadores do PMDB reclamaram que o PT dá sinais de rompimento em Estados cruciais para a sigla, como Ceará, Rio de Janeiro e Maranhão. E aventam o risco (remoto) de o apoio a Dilma não passar na Convenção Nacional.

    Procuração Na casa de Eunício Oliveira (PMDB-CE), os parlamentares pediram ao vice-presidente uma comissão para negociar acordos com os aliados nos Estados, mas só após a reeleição de Rui Falcão na presidência do PT, prevista para novembro.

    Ficha completa A Secretaria da Micro e Pequena Empresa vai permitir que a ONG Transparência Brasil tenha acesso aos dados das 27 juntas comerciais do país para listar empresas pertencentes a parlamentares e candidatos em 2014. O acordo será assinado no mês que vem.

    Integrado Prefeitura e governo de São Paulo preparam acordo que prevê repasse de quase R$ 300 milhões do município para obras de monotrilhos na zona sul e na zona leste. Parte do dinheiro previsto é proveniente da venda de títulos da Operação Urbana Água Espraiada.

    Trem caipira O governo paulista expandiu para outras regiões uma campanha publicitária na TV que destaca projetos da gestão Geraldo Alckmin (PSDB) no interior. O objetivo é reforçar marcas da gestão no principal reduto eleitoral do governador.

    Tensão Deputados estaduais da base de Alckmin preveem impasse na votação das gratificações e planos de carreira para as polícias Civil e Militar, graças a interesses conflitantes das duas corporações. Acreditam que a votação pode ficar para 2014.

    Na janelinha O Planalto não gostou de o presidente da Embratur, Flávio Dino, ter sugerido a abertura do mercado de voos domésticos para empresas aéreas estrangeiras. Auxiliares de Dilma dizem que o tema não foi discutido com ministros responsáveis pela Copa do Mundo.

    Rota Eduardo Sanovicz, presidente da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas), diz que foi o setor que pediu ao governo a flexibilização da malha aérea na Copa. O governo deve abrir autorizações especiais de voos para forçar a queda das tarifas durante o evento.

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    TIROTEIO

    Dilma deveria lançar o programa 'Vela para Todos', para os agraciados com casas sem energia elétrica que ela corre para inaugurar.

    DO DEPUTADO RODRIGO MAIA (DEM-RJ), sobre a presidente ter inaugurado unidades do 'Minha Casa, Minha Vida' sem ligações de luz nem de água.

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    CONTRAPONTO

    Bate e volta

    Em seu segundo mandato como governador de São Paulo, nos anos 70, Laudo Natel (Arena) chamou seu motorista em uma sexta-feira, entrou em um Opala e viajou de improviso para Cordeirópolis para inaugurar um centro de saúde. Chegando à cidade, foi à prefeitura para buscar o prefeito, mas descobriu que ele não estava.

    Contrariado e atrasado, Natel chegou ao centro de saúde às 18h e teve uma nova decepção: o público havia ido embora e o posto estava fechado.

    -Declaro inaugurado o centro de saúde -disse.

    Logo depois, entrou no Opala e voltou para São Paulo.

    Com ANDRÉIA SADI e BRUNO BOGHOSSIAN

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