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    Painel - Bruno Boghossian, Paulo Gama, Vera Magalhães

    Lewandowski quer votar processo sobre a correção da poupança já na próxima sessão

    26/11/2013 03h30

    Na boca do caixa Ricardo Lewandowski, relator no STF do processo sobre a correção das cadernetas de poupança pelos planos econômicos dos anos 80 e 90, quer proferir seu voto na sessão de amanhã. O ministro tem dito que não aceitará pressão do Banco Central e de bancos privados para adiar a decisão. Colegas acham que Lewandowski decidirá a favor dos poupadores. Ministros com a mesma tendência dizem que o cálculo do BC de risco de retração de crédito de R$ 1 trilhão é "terrorista".

    Oficial O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, fará sustentação oral no plenário da corte contra o pagamento da correção. "Temos de superar esses passivos", diz. O governo prevê grande impacto no crédito caso o STF dê ganho aos poupadores.

    Menos dois Luiz Fux e Luís Roberto Barroso podem se declarar impedidos de julgar a ação. A corte está bem dividida sobre a questão.

    Muda tudo Dilma Rousseff resolveu intervir para tirar o Conselhão, instância de diálogo entre o governo e o empresariado, das atribuições da Secretaria de Assuntos Estratégicos e passá-lo para a Casa Civil. Empresários ameaçavam boicotar as reuniões do grupo porque não concordam com a linha de condução de Marcelo Néri.

    Linha direta Um empresário com bom trânsito político conta que, sob condução do titular da SAE, o grupo não enxergava "entusiasmo" do governo com as reuniões do conselho. Ele acredita que Gleisi Hoffmann terá maior capacidade de interlocução com a presidente.

    Vespeiro Dilma resolveu fazer a mudança para sinalizar ao empresariado que está atenta às críticas. Um boicote às reuniões agora agravaria a percepção do mercado de que falta diálogo do governo com o setor produtivo.

    Reação 1 O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) anuncia hoje em plenário que vai interpelar extra e judicialmente o ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer.

    Reação 2 O tucano também pedirá ao ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) esclarecimentos sobre em que se baseia a denúncia de suposto envolvimento dele com o empresário Arthur Teixeira.

    Em casa Roberto Freire deve se encontrar no fim de semana com Eduardo Campos (PSB) em Pernambuco para discutir o apoio do PPS à candidatura presidencial do governador e iniciar conversas sobre acordos estaduais.

    Mapa Em pauta, a aliança do PSB com Geraldo Alckmin (PSDB), defendida por Freire, a união das oposições no Rio e o apoio socialista a Eliziane Gama (PPS) no Maranhão, onde a sigla tende a ir com Flávio Dino (PC do B).

    Paz e amor O PPS também levará a Campos o pedido de "boa convivência" com a candidatura de Aécio Neves (PSDB), rival do governador na disputa pelo Planalto.

    Separação PT e PSD decidiram que, a princípio, caminharão separados na eleição para o governo de Santa Catarina. Dilma, portanto, terá dois palanques no Estado: o do governador Raimundo Colombo (PSD) e o do PT.

    Sintonia Após conversa com Fernando Haddad na semana passada, dirigentes do PR retomaram negociação com o PT para as eleições de 2014 no Estado. O último entrave para apoiar Alexandre Padilha (Saúde) era a relação conflituosa com o prefeito.

    Nos boxes Haddad deixou o autódromo de Interlagos antes do fim do GP Brasil, no domingo, sem entregar o prêmio a Sebastian Vettel, como é a tradição. A aliados, confidenciou temer ser alvo de vaias da torcida.

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    TIROTEIO

    Diante de denúncia pesada de corrupção, o PSDB tenta inverter a apuração e constranger Cade, Polícia Federal e o Ministério da Justiça.

    DO DEPUTADO PAULO TEIXEIRA (PT-SP), sobre PSDB criticar o ministro da Justiça, a PF e o Cade por acusação de pagamento de propina a tucanos.

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    CONTRAPONTO

    Pressão da torcida

    O PPS-RJ realizou seu Congresso no último fim de semana, em que tirou uma moção de apoio à candidatura presidencial de Aécio Neves, com a presença do tucano.

    O presidente regional da sigla, deputado estadual Comte Bittencourt, causou alvoroço ao anunciar:

    -Vamos ouvir nosso presidente Roberto Jefferson! -disse, confundindo o deputado federal Roberto Freire com o delator do mensalão.

    Diante das gargalhadas da plateia, um constrangido Bittencourt explicou:

    -Isso é que dá tanto botafoguense em volta da gente!

    Com BRUNO BOGHOSSIAN e PAULO GAMA

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