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    Painel - Andréia Sadi, Bruno Boghossian, Bernardo Mello Franco

    Condenado no mensalão, João Paulo Cunha esperava ficar livre até fevereiro

    BERNARDO MELLO FRANCO
    EDITOR INTERINO DO "PAINEL"

    07/01/2014 03h30

    A última que morre Até ontem, o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) acalentava a esperança de prorrogar sua sobrevida fora da cadeia. O petista torcia para que o ministro Joaquim Barbosa esperasse a volta dos colegas, em fevereiro, para submeter seu último embargo ao plenário do STF. No fim de dezembro, Cunha se dizia aliviado por não ter sido preso antes do Natal. Os outros três condenados do PT, José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares, tiveram menos sorte: passaram as festas na Papuda.

    Carona Cunha decidiu que faria de carro a viagem entre São Paulo e Brasília, onde deve se entregar hoje à Polícia Federal. Segundo aliados, ele faria o trajeto acompanhado do motorista.

    No banco A defesa do condenado ainda não definiu se pedirá a transferência do deputado para um presídio paulista ou ou sua liberação para trabalhar. No passado, ele disse a outros petistas que gostaria de conseguir emprego em um clube de futebol de Osasco (SP).

    Rebaixado O Palácio do Planalto ameaça transferir o PP para um ministério menor que o das Cidades caso o partido não dê apoio à reeleição de Dilma Rousseff em Estados estratégicos, como Rio, Paraná e Rio Grande do Sul.

    Por baixo Negociadores do governo receberam sinais de que a legenda pretende apoiar nacionalmente a petista, mas liberar alianças com a oposição nas seções estaduais. Esse cenário, segundo auxiliares de Dilma, é considerado "insuficiente" para manter o comando do ministério com o PP.

    Caixa livre Sob ataque de parlamentares que não tiveram suas emendas liberadas, o Ministério das Cidades empenhou R$ 18,9 milhões no último dia de 2013 para uma campanha publicitária que vai divulgar as ações da pasta em cada Estado.

    Dá... O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), apresentará a ministros de Dilma na quinta-feira, em Brasília plano de reconstrução das regiões do Estado atingidas pela chuva.

    ... uma mão? Os projetos têm custo estimado em
    R$ 840 milhões. O governo capixaba quer participação federal nas obras.

    Quero as datas Dilma Rousseff evitou bate-boca em público com o presidente da Fifa, Joseph Blatter, que criticou a demora nas obras da Copa. Mas cobrou de sua equipe um cronograma objetivo com as datas em que os seis últimos estádios serão inaugurados.

    Pontapé A presidente quer entregar até o dia 22 a Arena das Dunas, em Natal. Em fevereiro seria a vez do Beira-Rio, em Porto Alegre. Ficariam para março os estádios de Cuiabá, Manaus e Curitiba. O Itaquerão é o caso mais compicado: só ficaria pronto em abril.

    Na mão A vida não está fácil para o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT). Com a imagem desgastada, ele não deve ter a companhia de Dilma no primeiro grande evento do ano: o aniversário da cidade, dia 25. A presidente deve estar em Davos, onde participará do Fórum Econômico Mundial.

    A vez dos chefes Depois das vítimas, os algozes. A Comissão da Verdade da Assembleia Legislativa de São Paulo quer dedicar o ano à identificação dos militares que torturaram e mandaram torturar na ditadura.

    Bagulhão A base para os trabalhos será uma lista de 233 agentes identificados por presos políticos em 1975, conhecida como "Bagulhão". O deputado Adriano Diogo (PT) quer provar o envolvimento de generais com os citados, a maioria de baixa patente.

    *

    TIROTEIO

    A oligarquia Sarney só se sustenta com ajuda federal. Só que, desta vez, demoraram demais para reconhecer a própria incompetência.

    DO PRESIDENTE DA EMBRATUR, FLÁVIO DINO (PC do B-MA), sobre Roseana Sarney ter aceitado ontem ajuda do Ministério da Justiça para o Maranhão.

    *

    CONTRAPONTO

    Parabéns, meu querido...

    De férias da política para tocar seu programa de reportagens na Globo News, o ex-deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) ainda se diverte com memórias pitorescas dos quatro mandatos que exerceu em Brasília.

    Uma delas era o hábito de ser acordado, a cada 17 de fevereiro, por uma voz bem conhecida ao telefone.

    -Era o Paulo Maluf, que ligava todos os anos para desejar felicidades. E pensar que eu desejei a cadeia para ele durante muito tempo...

    Depois que Gabeira se despediu do Parlamento, em 2010, Maluf riscou seu nome do caderninho.

    Com ANDRÉIA SADI e BRUNO BOGHOSSIAN

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