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    Painel - Andréia Sadi, Bernardo Mello Franco, Bruno Boghossian

    Haddad antecipa para o fim de janeiro reforma de seu primeiro escalão

    BERNARDO MELLO FRANCO
    EDITOR INTERINO DO "PAINEL"

    13/01/2014 02h00

    Haddad mexe no time O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), vai antecipar para o fim deste mês a reforma de seu primeiro escalão. A principal mudança será na poderosa Secretaria de Governo. Ele quer entregá-la ao petista Chico Macena, hoje à frente das Subprefeituras. A pasta está sem titular desde a queda de Antonio Donato, citado no escândalo do ISS. Macena foi tesoureiro da campanha de Haddad em 2012. Hoje o prefeito o considera seu aliado mais próximo no PT paulistano.

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    Quem sai Nos próximos dias, Haddad definirá os substitutos dos secretários Netinho de Paula (Igualdade Racial) e Eliseu Gabriel (Desenvolvimento), que serão candidatos a deputado.

    Quem espera Ricardo Teixeira (Verde) ainda não definiu se concorrerá à Assembleia Legislativa. E João Antonio (Relações Governamentais) espera a garantia de que será eleito para o Tribunal de Contas do Município.

    Quem fica Apesar do fogo amigo no PT, Haddad garante que Leda Paulani, sua colega de USP, continuará na Secretaria de Planejamento.

    Muy amigos O Planalto fez um pente-fino e identificou 115 perfis falsos de Dilma Rousseff nas redes, entre sites, blogs e contas no Twitter. A maioria foi considerada negativa para a campanha da presidente à reeleição.

    Por bem ou... A ideia é evitar que falsas Dilmas defendam causas como a anistia aos mensaleiros. Os responsáveis serão instados a deixar claro que os perfis não são oficiais. Em casos mais graves, a Advocacia-Geral da União tentará tirá-los do ar.

    Aloprados Em 2013, um site pró-Dilma criou forte embaraço ao associar o presidente do STF, Joaquim Barbosa, à imagem de um macaco.

    A fila anda Com a escolha de dom Orani Tempesta, do Rio, outro arcebispo assume o primeiro lugar na fila dos brasileiros que esperam para virar cardeal: dom Murilo Krieger, de Salvador.

    Orfandade Desde a saída de dom Geraldo Majella Agnelo, que seguiu a praxe de renunciar aos 75 anos, a capital baiana não tem um cardeal para chamar de seu.

    Voz do porão A lista de lançamentos sobre os 50 anos do golpe de 1964 ganhou reforço à direita. O coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-chefe do Doi-Codi, atualizou seu livro "A Verdade Sufocada".

    Não vai elogiar A obra ganhará mais 82 páginas. Ustra promete tratar de temas como a Comissão da Verdade, o último mandato de Lula e o governo Dilma.

    Em baixa O bigode já teve mais prestígio na política brasileira. O governador gaúcho Tarso Genro (PT) raspou o seu no fim das férias no Uruguai. Hoje ele volta de visual novo ao Palácio Piratini.

    Persona... É antiga a implicância de Roseana Sarney (PMDB) com Maria do Rosário (PT), vetada na comitiva federal que foi ao Maranhão na semana passada. Em 2011, a ministra dos Direitos Humanos desembarcou no Estado sem avisá-la para negociar com quilombolas.

    ... non grata Assim que soube de sua presença, Roseana convocou a petista ao Palácio dos Leões. Lá, disse não admitir que uma ministra fosse ao Maranhão tratar de "assuntos dessa natureza'' sem aviso prévio.

    Só no Rio A turma dos protestos abriu ontem uma faixa nova nas escadas do Palácio Tiradentes, sede do Legislativo do Rio: "Vai ter Carnaval, mas não vai ter Copa".

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    TIROTEIO

    "Agora, mais do que nunca, torna-se necessária uma intervenção federal no Maranhão. A governadora endoidou de vez."

    Do deputado Domingos Dutra (SDD-MA), sobre os editais do governo Roseana Sarney (PMDB) para abastecer os palácios de lagosta e camarão.

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    CONTRAPONTO

    A dúvida hamletiana de Itamar

    No auge da crise do impeachment, quando já limpava as gavetas para assumir a Presidência no lugar de Fernando Collor, Itamar Franco convocou o então senador Fernando Henrique Cardoso para uma conversa. Queria saber o que se dizia dele fora dos muros do palácio.

    O tucano respondeu que o vice era visto como um homem íntegro, mas parte do empresariado o considerava xenófobo e estatizante. Itamar não se deu por satisfeito.

    — E você, Fernando? Você me acha burro?

    — Claro que não, Itamar. Mas certamente é teimoso. Muito teimoso! – respondeu FHC.

    Com ANDRÉIA SADI e BRUNO BOSHOSSIAN

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