• Colunistas

    Monday, 20-May-2024 02:43:24 -03
    Painel - Bernardo Mello Franco, Andréia Sadi, Bruno Boghossian

    PMDB define nova tática para pressionar o PT

    BERNARDO MELLO FRANCO
    EDITOR INTERINO DO "PAINEL"

    20/01/2014 03h00

    A regra é nossa O PMDB definiu nova tática para pressionar o PT de Dilma Rousseff. O partido vai antecipar sua convenção para abril e anunciar duas condições em troca do apoio à reeleição da presidente. São elas: liberação de diretórios que queiram fechar com a oposição, como o da Bahia, e aliança em Estados estratégicos, como Rio e Ceará. Peemedebistas dizem que o presidente do PT, Rui Falcão, "agrediu" o partido no sábado ao marcar data para romper com Sérgio Cabral (PMDB) no Rio.

    Muita calma Líderes do PMDB que estão à frente da estratégia dizem que a disputa por palanques não influi no debate das mudanças na Esplanada, em que a sigla reivindica mais um ministério.

    Mapa das minas A presidente tem chegado às reuniões com aliados munida com o mapa dos cargos de cada partido no segundo escalão. Na conversa com o PMDB, ela surpreendeu o vice, Michel Temer, ao citar os indicados da legenda no Dnocs, Transpetro e Conab.

    Consulta Dilma receberá o ex-presidente Lula hoje no Palácio da Alvorada para discutir os pleitos de aliados por mais espaço na Esplanada.

    Na fila O PP de Paulo Maluf espera ser chamado pelo Planalto para discutir a reforma ministerial. O partido dirá que tinha menos deputados no governo Lula, e mesmo assim ocupava diretorias na Anvisa e na Petrobras, além do Ministério das Cidades.

    Caso sério Dilma indicou a Luiz Marinho que Arthur Chioro não será um "ministro-tampão" na Saúde. Ele continuaria no cargo em 2015, caso a petista se reeleja.

    Começou ali A presidente teria se impressionado com Chioro na inauguração do Hospital de Clínicas de São Bernardo, em 13 de dezembro. O secretário mostrou como tem aplicado programas federais no município.

    Que tal? O governo americano convidou o ministro Luiz Figueiredo (Relações Exteriores) para ir a Washington em fevereiro e conhecer as novas regras de ação da espionagem americana.

    Reação O convite veio depois da resposta do Planalto, ontem, de que vai aguardar os "desdobramentos práticos" do discurso de Barack Obama. Na sexta, ele anunciou que limitará espionagem de líderes aliados.

    A postos O ministro Ricardo Lewandowski, que assume hoje interinamente a presidência do Supremo Tribunal Federal, não pretende desfazer decisões monocráticas de Joaquim Barbosa. Mas vai deliberar a respeito de pedidos novos que chegarem à corte, incluindo temas relacionados ao mensalão.

    Aquecimento Em novembro, com o fim do mandato de Joaquim Barbosa, Lewandowski assumirá a presidência do STF por dois anos. Ele poderá comandar o julgamento do mensalão tucano em Minas Gerais.

    Troca-troca O ano terá mais mudanças na cúpula do Judiciário. Em fevereiro, Barros Levenhagen vira presidente do TST. Em abril, Dias Toffoli assume o TSE. Em setembro, Francisco Falcão toma posse no STJ.

    O S do Skaf O PSDB pedirá hoje à Justiça Eleitoral que investigue Paulo Skaf por campanha antecipada. Os tucanos acusam o presidente da Fiesp, que é candidato do PMDB ao governo de São Paulo, de usar recursos públicos, do Sistema S, para se promover na televisão.

    Veja bem A assessoria de Skaf diz que ele não tem nada a temer porque não faz campanha antecipada: cumpre sua função à frente da Fiesp.

    *

    TIROTEIO

    Depois de tanta contabilidade criativa, não vai ser um passeio tardio a Davos que irá recuperar a credibilidade do governo.

    DO DEPUTADO FEDERAL MARCUS PESTANA (PSDB-MG), sobre visita de Dilma Rousseff e de seus ministros ao Fórum Econômico Mundial, nesta semana.

    *

    CONTRAPONTO

    Não é comigo

    Na semana passada, o ministro Alexandre Padilha (PT) participava de uma agenda do Ministério da Saúde, em Brasília, quando foi abordado por jornalistas que queriam saber quando ele deixaria o cargo para se dedicar à campanha pela sucessão ao governo estadual de São Paulo. Em seguida, perguntaram a Padilha sua opinião sobre os "rolezinhos".

    O auxiliar de Dilma Rousseff tentou se esquivar, explicando que era ministro da Saúde e não comentaria o tema. E brincou:

    - Vou sair desta pergunta de rolezinho!

    Com ANDRÉIA SADI e BRUNO BOGHOSSIAN

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024