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    Painel - Andréia Sadi, Bruno Boghossian, Vera Magalhães

    Senadores do PSB usaram verbas de seus gabinetes para viajar a SP

    DE SÃO PAULO

    02/02/2014 02h00

    Nas asas do Senado Três senadores do PSB usaram verbas de seus gabinetes para viajar a São Paulo em outubro para um evento partidário. Antonio Carlos Valadares (SE), João Capiberibe (AP) e Lídice da Mata (BA) participaram do encontro que discutiu as diretrizes da aliança entre a sigla e a Rede, no dia 28. Os três pediram reembolso pelas passagens de ida e volta, que custaram R$ 5.248,56. A cota do Senado se aplica a atividades "exclusivamente relacionadas ao exercício da função parlamentar".

    Outro lado 1 Capiberibe disse entender que encontros partidários "correspondem ao exercício da atividade parlamentar". "Sem partido, não há mandato", afirmou.

    Outro lado 2 O gabinete de Lídice da Mata justificou que ela "fez o deslocamento de sua base (Salvador), via São Paulo, com destino a Brasília para cumprir suas atividades no Senado". A equipe de Valadares não respondeu.

    Brecha O ato que regulamenta a verba não estabelece regras específicas para o uso das passagens. Em caráter reservado, parlamentares dizem ter sido incentivados pela direção do PSB a usar a verba de gabinete para ir a eventos partidários, já que o caixa do partido estava baixo.

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    Diga 'xis' Na sexta-feira, a Casa Civil foi tomada por uma fila de funcionários da pasta que queriam tirar foto com Gleisi Hoffmann. A senadora deixa o ministério amanhã para se dedicar à campanha ao governo do Paraná.

    Reembolso O Ministério do Esporte confirma que a Kaionina-Presença Ecumênica, ONG da qual Anivaldo Padilha, pai de Alexandre Padilha (Saúde) é fundador, devolveu R$ 301,2 mil por não não ter cumprido convênio de R$ 400 mil para atender 1.600 pessoas em Duque de Caxias.

    Histórico A decisão de rescindir o contrato, de 2010, partiu da própria entidade, que diz ter enfrentado dificuldades com fornecedores.

    Em série A campanha do PT no Rio deve contar com modelo similar à de São Paulo na área de comunicação. O marqueteiro de Dilma Rousseff, João Santana, deve ajudar Lindbergh Farias a definir o tom do discurso e montar uma equipe de marketing.

    Inconfidência... Ala do PMDB de Minas capitaneada por Clésio Andrade e pelo presidente regional da sigla, Saraiva Felipe, insatisfeita com a falta de protagonismo na negociação com Fernando Pimentel, articula alternativas à aliança com o PT.

    ... mineira As opções do grupo, que pode enfrentar o do ministro Antonio Andrade (Agricultura) na convenção caso a ruptura se confirme, vão de candidatura própria até uma composição com o PSDB de Aécio Neves.

    Clube O ex-presidente Lula viaja a Nova York no dia 10 para um encontro com o ex-presidente norte-americano Bill Clinton. O brasileiro vai visitar a fundação do democrata, que sempre teve boa relação com o tucano Fernando Henrique Cardoso.

    Congelado O governo paulista não pretende autorizar o reajuste dos pedágios das estradas estaduais neste ano. A cobrança nas rodovias foi uma das principais armas dos rivais de Geraldo Alckmin (PSDB) na campanha de 2010 e deve voltar à pauta.

    Jurisprudência 1 A Técnica Construções, subsidiária da Delta, acionou a Justiça paulista para tentar garantir contratos de uma concorrência de R$ 60 milhões para obras em rodovias estaduais.

    Jurisprudência 2 A empresa sustenta que o STJ suspendeu uma medida do governo federal que a declarou inidônea, o que impediria sua contratação no Estado.

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    TIROTEIO

    "Esses 51 a 1 são a diferença entre um prefeito feito por Lula em laboratório e um político com talento e competência administrativa."

    De Mendonça Filho (PE), líder do DEM na Câmara, comparando a aprovação recorde do prefeito de Salvador, ACM Neto, com a de Fernando Haddad (SP).

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    CONTRAPONTO

    Famoso quem?

    Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) precisou ir ao Senado para participar de uma reunião no dia 6 de janeiro, em pleno recesso parlamentar. Chegou ao Congresso dirigindo seu carro particular, vestindo calça jeans, camisa sem paletó e tênis. O senador, que tem 41 anos, mas parece ser mais jovem, estacionou próximo à chapelaria do Congresso e foi barrado por um segurança.

    — Mas eu trabalho aqui – justificou.

    — O acesso é só para senadores – disse o segurança.

    Randolfe só conseguiu entrar na garagem quando outro funcionário do Senado o reconheceu.

    com ANDRÉIA SADI e BRUNO BOGHOSSIAN

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