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    Painel - Vera Magalhães, Natuza Nery

    Dilma dá sinais de esgotamento e petistas se preocupam com sua disposição para liderar defesa

    12/05/2016 09h29

    Pés no chão Apesar do discurso de resiliência e da imagem de que cresce na dificuldade, Dilma Rousseff dá sinais de esgotamento. Petistas se preocupam com sua disposição para liderar a defesa até o julgamento definitivo pelo Senado. Nas últimas semanas, deixou escapar sentir saudades de uma vida normal, mas a renúncia é carta fora do baralho. Alguns traduzem os sinais como se quisesse "se livrar disso". Entre as decepções da reta final, o Supremo. Dilma repete que a corte joga "contra" ela.

    Laços de família Dilma não teve a companhia da filha ao longo da votação. Paula, que tem um bebê de quatro meses, ficou em Porto Alegre. Na sessão decisiva na Câmara, fizera o mesmo.

    Oi, querida A segurança do Planalto investiga o autor de um trote em Dilma. Ela se preparava para acompanhar a votação quando foi avisada de que Lula estava na linha. Atendeu o telefone, mas era só um gaiato imitando o petista. Dilma ficou furiosa.

    Sem gritaria Especialistas em Michel Temer vaticinam: o novo presidente é pouco resistente a pressões - menos ainda se forem da imprensa. Os sucessivos recuos no ministério sugerem seu ponto fraco.

    Barata tonta Michel Temer voltou atrás em nomeações para Justiça, Cultura, Saúde, Defesa, Ciência e Tecnologia, Controladoria-Geral da União e Desenvolvimento. Ganhou a alcunha de "governo Tabajara", apelido que o PMDB dava à gestão Dilma.

    IMPEACHMENT DE DILMA
    A história de um processo que dividiu o país
    Michel Temer e Dilma Rousseff em Brasília

    Como pode? O segundo deputado que mais se beneficiou de emendas parlamentares, empenhadas no apagar das luzes do governo Dilma, foi Eduardo Cunha. Ficou com o compromisso de receber R$ 3.954.600. A emenda beneficia a cidade de Itaboraí.

    Vergonha alheia O deputado estadual Edilázio Júnior (PV), que faz oposição ao governador Flávio Dino, subiu na tribuna da Assembleia e sugeriu um abaixo-assinado para pedir que Waldir Maranhão retire o nome do Estado de sua assinatura.

    Meu time Henrique Meirelles disse a Temer que deseja Carlos Hamilton como seu número dois na Fazenda e Mansueto de Almeida como secretário do Tesouro.

    Organograma Conforme o desenho apresentado ao Jaburu, Marcos Mendes assumiria a Secretaria de Política Econômica. Jorge Rachid, hoje no comando da Receita Federal, pode ficar no cargo.

    Herança bendita A sintonia entre Romero Jucá e Nelson Barbosa é tamanha que os dois escolheram o mesmo secretário-executivo. Dyogo Oliveira também será vice-ministro do peemedebista no Planejamento.

    Bem-vindo! Temer será alvo de protesto em SP já nesta quinta (12). O MTST e movimentos da Frente Povo Sem Medo prometem levar 30 mil pessoas à avenida Paulista. O lema será "Temer Jamais".

    Passar bem Graça Foster, ex-presidente da Petrobras e amiga abandonada por Dilma, fez questão de acompanhar o impeachment bem de longe. Questionada sobre o processo, foi lacônica: "Não tenho nada a dizer".

    Ajude a te ajudar Aumentou a pressão de aliados para que Cunha renuncie à presidência. Mas ele resiste.

    Visitas à Folha O coronel Ricardo Gambaroni, comandante-geral da Polícia Militar do Estado de SP, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado do coronel Adilson Luís Franco Nassaro, chefe de comunicação social, e do major Emerson Massera, chefe da assessoria de imprensa.

    Paulo Lopes Lourenço, cônsul-geral de Portugal em São Paulo, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Marina Paraíso, assistente de gabinete, Bruno Assami, diretor-executivo da Unibes Cultural, e David Seromenho, administrador da CV&A Consultores Brasil.

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    CONTRAPONTO

    A história será mais generosa com a presidente Dilma Rousseff. O golpe ficará registrado nos livros.

    DO SENADOR LINDBERGH FARIAS (PT-RJ), sobre a votação no Senado que deve admitir o processo de impeachment e afastar a presidente por 180 dias.

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    TIROTEIO

    Chame o ladrão

    Enquanto a sessão de votação do impeachment corria no Senado, a Comissão de Segurança Pública reunia-se na Câmara. O deputado Alberto Fraga (DEM-DF) interrompeu brevemente o debate e dirigiu-se a Alexandre Baldy (PTN-GO), que conduzia os trabalhos:
    - Presidente, acharam uma caneta Montblanc aí?
    Baldy e os deputados Gilberto Nascimento (PSC-SP) e Alexandre Leite (DEM-SP) levantaram simultaneamente canetas esferográficas comuns.
    Fraga então reclamou para riso geral:.
    - Em plena reunião da Comissão de Segurança Pública, levo um prejuízo de R$ 5.000! É mole?

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