Sem nenhum trânsito no Palácio do Planalto e afastados do Ministério do Esporte, José Maria Marin e Marco Polo Del Nero também não estão com moral com o ex-presidente Lula. Interlocutores dos comandantes da CBF tentaram por vários dias arranjar um encontro da dupla com Lula, mas o pedido não foi atendido. O ex-presidente é amigo e aliado de Andres Sanchez, provável rival de Marco Polo na eleição da CBF.
Panela. O fato de Marin e Marco Polo terem levado Alexandre Kalil, presidente do Atlético-MG, à Conmebol ontem gerou mal-estar entre os outros clubes brasileiros.
Panela 2. Cartolas não gostaram de o Atlético-MG ter o privilégio de se aproximar da Conmebol --por meio da CBF-- às vésperas das oitavas de final da Libertadores. Os mineiros são adversários do São Paulo, de Juvenal Juvêncio, ex-aliado de Marin, mas que se tornou crítico do cartola.
Discurso. Nos últimos dias, aliás, Kalil fez uma declaração que está alinhada com a cúpula da CBF. O cartola mineiro disse que Andres Sanchez, rival político de Marin e Marco Polo, havia "ganhado" o Itaquerão.
Brecha. O São Paulo driblará seu estatuto para jogar contra o Penapolense, pelo Paulista, com uma camisa vermelha. O documento veta que o time use camisa diferente aos dois modelos tradicionais (branco e listrado). Esse uniforme só será utilizado no domingo para comemorar a instalação das cadeiras vermelhas no Morumbi.
À venda. O clube, porém, vai comercializar o modelo vermelho em suas lojas.
Bagagem... Os representantes brasileiros da Chery retornam da China ao Brasil hoje. O desembarque dos executivos da empresa é aguardado pela diretoria do Santos, ansiosa para fechar um contrato longo de patrocínio com a montadora.
...cheia? Na China, os executivos discutiram a possibilidade de realizar o alto investimento no Santos. Para ser parceira do clube, a empresa precisa pagar cerca de R$ 25 milhões, preço estipulado pela diretoria para o patrocínio máster da camisa.
Alternativa. Se não acertar contrato longo, a Chery poderá continuar fazendo acordos pontuais.
Saída... Ao renunciar ao cargo no Comitê-Executivo da Fifa, Nicolás Leoz não só se esquiva das investigações sobre o caso ISL, mas também da suposta compra de votos para eleger o Qatar sede da Copa de 2022.
...à francesa. O presidente da Conmebol chegou a ser citado como envolvido no caso da compra de votos. Como renunciou ao posto que ocupava no Comitê-Executivo da federação, Leoz evita ser expulso da entidade.
Colaboraram MARCEL RIZZO, MARTÍN FERNANDEZ e RAFAEL REIS, de São Paulo