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    Pedro Diniz

    Grupo brasileiro lança nova marca e cria conceito de 'fresh fashion'

    DE SÃO PAULO

    04/07/2014 14h14

    Já ouviu falar em 'fresh fashion'? O modelo de negócio, similar ao "fast fashion", será a nova aposta do Grupo Morena Rosa a partir do dia 23 deste mês.

    A empresa paranaense lançará nesta data a etiqueta Lebôh, focada na venda de coleções cápsulas desenvolvidas junto a estilistas renomados, a uma média de preço de R$ 150 e com um apelo mais jovem do que as outras marcas do grupo, composto por Morena Rosa, Zinco, Joy e Maria Valentina.

    A diferença é que, enquanto no "fast" as trocas de coleções são semanais e baseadas no que os consumidores mais compraram na semana anterior, no "fresh" as trocas são mensais e as peças, além de um poco mais caras, não são copiadas de outras marcas, prática comum em redes como a sueca H&M e a espanhola Zara.

    Na Europa, grifes como a francesa Celio e a espanhola Pull & Bear têm estratégia de produção parecida com a que a Lebôh quer adotar.

    Ao todo serão lançados 650 modelos por ano, entre roupas e acessórios, divididos entre cinco grandes coleções e quatro intermediárias. Uma loja temporária será montada na rua Oscar Freire, em São Paulo, e ficará aberta do dia do lançamento da etiqueta até o final de agosto.

    O grupo afirma ter otimizado a produção do seu parque industrial, baseado no município de Cianorte (PR), para produzir coleções quatro vezes mais rápido do que a média brasileira –hoje, em torno de nove meses entre a criação da peça até sua chegada ao varejo. No modelo "fresh", esse percurso cairá para dois meses.

    Segundo o sócio e diretor de mercado do grupo Morena Rosa, Lucas Franzato, "a marca será lançada com publicidade em blogs de moda e redes sociais, onde o público-alvo, de 25 a 30 anos, procura informação", diz o executivo.

    Ele afirma ter fechado contrato com 600 clientes donos de multimarcas para garantir a penetração da etiqueta em todos os estados do país. "A expectativa é de que em 2015 a marca represente 5% do faturamento anual do grupo, que hoje é de R$ 400 milhões."

    O apelo da Lebôh com as mulheres, diz Franzato, será diferente do praticado pela Maria Valentina, que é focada em lançar tendências já estabelecidas no mercado.

    "A ideia é ser mais 'cool' e apresentar peças autênticas. As parcerias programadas com artistas plásticos, estilistas e estúdios de design darão esse frescor à marca", afirma.

    No entanto, numa das fotos da primeira campanha, a estampa usada em dois looks da Lebôh é similar à criada pela grife francesa Céline para sua coleção de verão 2014, apresentada em Paris no ano passado.

    pedro diniz

    É especializado na cobertura de moda, do mercado à cultura pop. Escreve às sextas

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