Um dos criadores no Bolsa Família, economista comenta a PEC do teto de gastos, a reforma do ensino médio e a situação do ensino no país

O economista Ricardo Paes de Barros é uma unanimidades entre os pesquisadores de políticas públicas do Brasil. Economista-chefe do Instituto Ayrton Senna e coordenador do Núcleo de Pesquisa em Ciências pela Educação do Insper, ele elogia a PEC do teto de gastos - um "show" do ponto de vista fiscal, diz. Mas, realista, o professor também fala que algumas coisas deixarão de ser feitas pelo ensino no país.

"Mas a gente vai saber 'olha, eu não estou fazendo essa expansão na educação média mais rápido não porque sou mal, mas porque tenho aquela demanda ali na saúde, que eu preciso atender.'"

Entre o que será afetado pela restrição orçamentária dos próximos anos, Paes de Barros inclui a reforma do ensino médio proposta pelo governo Temer. O projeto prevê expandir a média de horas que cada aluno brasileiro do ensino médio passa na sala de aula - o que, para ele, é um avanço fundamental.

Hoje, na média, jovens passam 800 horas dentro das salas de aula no Brasil por ano. A ideia é elevar essas horas para 1.400 anuais.

Mas a entrevista concedida por um dos criadores do Bolsa família ao Porque.com.br foi além: conversamos ainda sobre sistema de incentivos, motivação (ou falta de) dos professores, ineficiências, importância da família na educação da criançada, experiências internacionais, sobre privatização das escolas... Confira aí no vídeo ;)

Por quê?

Economês em bom português

Especialistas do Porque.com.br traduzem aqui, para o bom português, o economês do seu dia a dia, mostrando que economia pode ser simples e divertida. Escreve às terças.