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    Por quê? Economês em bom português

    Se tudo der certo, feliz 2018!

    03/01/2017 05h00

    Ricardo Bastos /Fotoarena/Folhapress
    SÃO PAULO, SP - 31.12.2016: REVEILLON NA PAULISTA - Queima de fotos no Reveillon na Paulista, evento organizado pela Prefeitura para comemorar a passagem do ano de 2016 para 2017 na Avenida Paulista, um dos cartões postais do centro da cidade. (Foto: Ricardo Bastos /Fotoarena/Folhapress) ORG XMIT: 1248462 *** PARCEIRO FOLHAPRESS - FOTO COM CUSTO EXTRA E CRÉDITOS OBRIGATÓRIOS ***
    Queima de fotos no Réveillon na Paulista

    Aparentemente, não teremos um feliz 2017. Há muito erro para ser corrigido em pouco tempo, além da indefectível incerteza política. Mas gostaríamos de desejar a vocês –se tudo der certo– um feliz 2018, com crescimento acima de 2%, inflação abaixo de 5% e desemprego começando a cair.

    Se tudo der certo...

    Em 2016, a mudança de governo trouxe um benefício na economia: o abandono completo das políticas vigentes no período 2008/2014, que levaram o país à sua mais grave recessão, acompanhada por alta inflacionária.

    Que seja próspera e perene a volta da racionalidade econômica. A esperança que tiramos dessa história de fracasso é que ela tenha gerado alguma conscientização sobre coisas que não funcionam em economia– como voluntarismos na queda da taxa de juros, intervenções maciças no mercado de crédito, ingerência microeconômica (Petrobras e alhures), política fiscal segundo a qual nem o céu é o limite, etc e tal.

    A aprovação da PEC 241 (ou 55, como queiram) foi um golaço de 2016 –Tite foi outro. Agora virá a batalha mais dura, a da reforma da Previdência, crucial para viabilizar a PEC 241 e para reanimar os adormecidos espíritos animais dos nossos empresários.

    Não se trata de maldade, mas de realismo: o país precisa caber no bolso e começar a desmantelar privilégios acumulados durante mais de cinco séculos.

    Há melhorias expressivas em tudo o que é cantinho da política econômica. No Banco Central, a credibilidade vai sendo resgatada e o arcabouço institucional aprimorado. Na Petrobras, temos - enfim! - uma gestão profissional. A Fazenda, neste fim de ano, começou a atacar a importante pauta microeconômica, abandonada desde os tempos em que Marcos Lisboa deixou a Secretaria de Política Econômica.

    Os efeitos dessas mudanças, caros amigos, não são imediatos. Mas virão –se tudo der certo...

    O que é esse misterioso "tudo dar certo"? É a política, com as suas confusões, não interferir na agenda de reformas. Que siga adiante a Lava Jato com as consequências que vierem. Mas que o núcleo da política econômica –e não falamos aqui das pessoas, mas das reformas econômicas em curso– não se altere.

    Feliz 2018!​

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