Domingo, 10, às dez da manhã. Uma Lamborghini Aventador Roadster está parada num posto de gasolina da rua Colombia, na altura da igreja Nossa Senhora do Brasil. O carro de R$ 3 milhões é a presa perfeita para o analista de sistemas William Raphael da Silva, 32.

Ele chega perto da máquina e saca sua câmera. Clique, clique, clique. "Meu, ouve o motor, não é igual ao rugido de um leão?", pergunta, enquanto o funcionário conduz o bólido para ser polido.

William é o líder de um grupo que há 16 anos se encontra por ali, ao menos três vezes na semana, e chegam a ser até 30 pessoas. São os "Caça-Carrões". "É o lugar com os carros mais caros do Brasil", explica o estudante Gabriel Elero, 18.

O encontro de fim de semana deu origem ao fórum online Exclusivos no Brasil, com milhares de participantes. Virou também um programa na internet, que William apresenta.

Ele cumprimenta os donos dos possantes, reunidos numa rodinha na loja de conveniência, pelo nome. "Eles conhecem a gente. Respeitam", diz ele, que é dono de um carro popular. Só que a simbiose harmônica é rompida por um entusiasta ou outro, ele explica. "Tem cara que grita, enlouquece. O maior problema do brasileiro é que ele olha com o dedo, encosta em tudo."

A revendedora da Porsche, ali do lado, promove um café da manhã para clientes. "A gente não come nada, mas fica por ali vendo os carros deles", diz Silva.

Há novas gerações que se formaram. Edson Carvalho, um vendedor de suplementos alimentares de 19 anos, passou um terço da sua vida ali. Começou a frequentar a rua Colômbia aos 13. Pegava dois ônibus sozinho para integrar os encontros. "Eu vivo para isso", diz, antes de dar um salto para fotografar uma Mercedes, com a mobilidade garantida por uma bermuda de surfista e camiseta de tecido dryfit.

"Ficaram boas", diz Carvalho, olhando na tela da máquina. Não tão boas quanto as do dia em que um Pagani Zonda, de R$ 4,5 milhões, apareceu ali sem aviso. "Mas vai vir coisa boa", diz ele, especulando com o boatos de que uma Ferrari Enzo que teria chegado ao país

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JARDINS SUSPENSOS DE MAFÊ CÂNDIDO

	Bruno Garcez
	Maria Fernanda Cândido em 2001

Os Jardins ficaram um pouco menos com a cara de Maria Fernanda Cândido. O bistrô Meating, do marido da atriz, Petrit Spahija, fechou as portas nas últimas semanas (deve reabrir em novo local). Dias atrás foi a vez da Bendita Boutique, de sua mãe, deixar de funcionar. "O proprietário pediu o imóvel de volta. Mas continuamos com a loja na Casa Verde", diz Agda Malvezi Cândido.

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SOBE O TELÃO DA COMIC CON
A Comic Con Experience paulistana deste ano, prevista para dezembro, deve contar com uma enorme atração que não é estrela de cinema ou de séries. A organização do evento está negociando a vinda de uma megatela de cinema, quatro vezes maior do que uma de iMax. Procurada, a Comic Con não confirma a atração.

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PALPITANDO POR UM STARBUCKS
Um grupo online de paulistanos com arritmias cardíacas está palpitando de tristeza. O Starbucks parou de vender todas as versões descafeinadas dos seus cafés. "Era uma das poucas redes do país onde eu podia tomar expresso", lamenta a advogada Cristina Sal. A marca afirma que ainda oferece frapuccinos e sucos sem cafeína.

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ESCONDIDINHO - O lugar secreto predileto de...
MÔNICA FERREIRA CAMARGO, Flautista da Sinfônica de Santo André
Esse restaurante tem 15 lugares, só funciona com reserva e combina-se antecipadamente o cardápio com os chefes. Um deles é pianista.
Casa Tita - rua Silveira Rodrigues, 333, Vila Romana, tel. 4301-4168

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ENTRA NA FILA
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Era a espera para ganhar um beijo grátis que o artista Célio Ande oferecia na Paulista na quarta (13), Dia do Beijo.