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    O papa não é pop

    02/03/2015 02h00

    Vágner Love não vai começar o jogo de quarta-feira contra o San Lorenzo como titular. E não é pelo que não fez em campo ontem, em Itaquera. Love até tentou, mas movimentou-se menos do que Guerrero no sistema que Tite testou com dois atacantes enfiados e quatro homens em linha no meio-de-campo.

    Love saiu da área e fez a tabela com Guerrero numa boa jogada aos 18 minutos do primeiro tempo. Fora isso, foi o peruano quem se deslocou pelos lados, como numa ação pela ponta aos 36 minutos. Resultou num bom cruzamento, bloqueado pela defesa do Mogi Mirim.

    Também se mexeu para o lado direito na jogada do segundo gol, marcado por Luciano, depois de Guerrero puxar a camisa do zagueiro Wagner, do Mogi Mirim.

    Editoria de arte/Folhapress

    Danilo será o titular em Buenos Aires, porque o Corinthians tem um jeito de jogar e porque o velho pivô mostrou mais futebol nas primeiras oito partidas do ano que Vágner Love em suas três primeiras atuações.

    Também porque o problema no Nuevo Gasômetro, campo do San Lorenzo, pode ser bloquear a subida do lateral-direito Buffarini, titular na campanha da Libertadores de 2014, fora da estreia no torneio continental de 2015.

    Diferente da velha canção dos Beatles, Vágner Love não é tudo de que se precisa. Não na partida de quarta-feira.

    O San Lorenzo não começou bem a temporada, mas também não iniciou com sucesso a temporada que terminou com o título do ano passado. Neste ano, já perdeu para o River Plate a decisão da Recopa e virou em cima da hora a partida de estreia na Libertadores, contra o Danubio, em Montevidéu.

    Ano passado, campeão argentino que era, começou perdendo para o Botafogo, tão frágil a ponto de terminar a fase de grupos em último lugar e finalizar o ano rebaixado para a Série B do Brasileirão.

    O que o San Lorenzo tem e ameaça os dois gigantes brasileiros no grupo 2 desta Libertadores é seqüência de trabalho. Oito titulares da decisão contra o Nacional do Paraguai, em 2014, continuam na equipe principal. Serão nove se Ortigoza recuperar-se de lesão.

    No sábado, com todos os prováveis titulares de quarta-feira, o San Lorenzo perdeu para o San Martín. Em três rodadas na Argentina, tem duas vitórias e uma derrota, cinco gols a favor, três contra. Em primeira análise, não parece assustar o Corinthians, mas vai fazer mata-mata com o São Paulo em dois jogos para saber qual dos dois avançará às oitavas-de-final.

    E o São Paulo não dá sinais de avanço, apesar da vitória sobre o Danubio. "O resultado foi ótimo, o desempenho apenas razoável", definiu Rogério Ceni com sabedoria.

    O time do papa não é pop, como era no ano passado. Só que o Paulistão também não é e não testa semanalmente nem Corinthians nem São Paulo para que se entenda o nível real das equipes para a disputa da Libertadores.

    A ESTREIA

    Como o Paulistão não testa e o Palmeiras perdeu os jogos mais difíceis (Corinthians e Ponte), é justo dizer que o jogo contra o Vitória da Conquista marca o início da ambição mais forte. Ganhar a Copa do Brasil é parte do plano para voltar à Libertadores. Oswaldo de Oliveira gosta do que vê. Mas sabe que há muito a fazer.

    DISCRETO

    Ainda não está claro em que posição Centurión entrará no São Paulo. Ele é ponta de lança, não ponta esquerda. Pode jogar pelos lados, desde que tenha liberdade para se aproximar do centroavante e mudar de posição com Michel Bastos e Ganso. É parte do trabalho que Muricy terá de fazer antes de pegar o San Lorenzo.

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    É jornalista desde os 18. Cobriu as Copas de 1994, 1998, 2006, 2010 e 2014. Hoje, também é comentarista. Escreve aos domingos
    e segundas-feiras.

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