• Colunistas

    Tuesday, 07-May-2024 08:54:03 -03
    PVC

    Lembra do Kaká?

    09/03/2015 02h00

    Tem muita gente perguntando por que Muricy não se recicla. A pergunta é boa, mas ao mesmo tempo imprecisa. Ninguém perguntava isso quando o São Paulo ganhava jogos no segundo turno do Brasileirão do ano passado. Foi vice-campeão brasileiro.

    No Brasil –e em boa parte do mundo– vice é igual a último. Muricy tinha Kaká. Não tem mais. Kaká não jogou bem nos seis meses de Morumbi, mas ajudou.

    Quem visitava o Centro de Treinamento da Barra Funda ano passado ouvia que Kaká era um exemplo. Corria no espaço vazio para puxar um zagueiro na sua marcação mesmo sabendo que a bola não ia chegar. Abria espaço para os outros.

    Agora é diferente. Centurión foi o melhor driblador do clássico e recebeu 50% mais passes do que Luís Fabiano. Não conseguiu quebrar a defesa rival.

    O São Paulo jogou a maior parte do tempo com posse de bola, mas invadiu pouco a área corintiana. Mandou no jogo, teve um pênalti desperdiçado por Rogério Ceni, mas não conseguiu empatar a partida.

    Dos quatro grandes clubes de São Paulo, até agora, o Corinthians é o único que merece ouvir que jogou bem. Não ontem.

    No clássico, foi forte defensivamente, chegou ao gol em uma boa finalização de Danilo, mas correu o risco de sofrer o empate –merecido– tanto no pênalti desperdiçado por Rogério, quanto num lance de Centurión na primeira etapa.

    O São Paulo jogou melhor do que tem jogado os jogos grandes.

    Aqueles que não venceu ainda em 2015.

    O São Paulo disputou dez jogos oficiais neste ano e ganhou todos, menos os mais importantes. Empatou com o Santos, perdeu do Corinthians duas vezes. Não está bom.

    A pergunta é por que o São Paulo vice-campeão brasileiro perdeu competitividade neste ano. Só falta Kaká. E é tão importante assim? Kaká era um exemplo, mas não um craque. Não quebrava defesas, como Centurión não quebrou. Então por que era diferente?

    É impossível dizer que era por Kaká. É possível pensar no que ele oferecia: liderança, trabalho tático, exemplo. Mas isso é o bastante para distanciar o time vice-campeão brasileiro da equipe que hoje não ganha as partidas mais importantes?

    Há problemas na defesa, mas o time tem os mesmos jogadores do sistema defensivo, exceto Dória na quarta-zaga –não estava– e Reinaldo na lateral-esquerda –Álvaro Pereira não está bem no Estudiantes.

    É necessário descobrir os problemas nos próximos dez dias. Entre 18 de março e 1 de abril, o São Paulo vai disputar mata-mata na Libertadores contra o San Lorenzo.

    A ausência de Kaká não pode explicar por que o time vice-campeão brasileiro e que jogava bem no segundo semestre de 2014 não dá sinais de poder ser campeão paulista. Muito menos da Libertadores.

    Editoria de Arte/Folhapress

    O CHATO SOU EU

    Gabriel Jesus foi a melhor coisa do pobre Palmeiras x Bragantino. Entrou bem, deu passes, quase fez gol. A torcida já pede seu nome, fruto das imagens do youtube. Só uma coisa não é a ideal: o nome. O apelido –Borel– com que todo o elenco o chama seria sua marca registrada. O Palmeiras não quer.

    DORIVAL

    Vagner Mancini foi o técnico que lançou Neymar e Dorival Júnior o que o treinou no time mais brilhante do craque no Santos. Dorival deve ser anunciado novo treinador –mas não está certo ainda. É a chance da recuperação na carreira. Mas para o Santos o melhor seria seguir com Enderson.

    pvc

    pvc

    É jornalista desde os 18. Cobriu as Copas de 1994, 1998, 2006, 2010 e 2014. Hoje, também é comentarista. Escreve aos domingos
    e segundas-feiras.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024