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    Minha taça, minha vida

    26/04/2015 02h00

    O Santos não perdeu nenhum jogo em 2015 com Robinho em campo. Sem ele, foram três vitórias, um empate e uma derrota para a Ponte Preta. Sua eventual ausência pode ajudar a decidir o Paulistão a favor do Palmeiras, que teria Valdivia como atacante antes de mais uma lesão.

    Foi assim seu posicionamento contra o Corinthians, quase centroavante. Os zagueiros ficam na dúvida entre subir até a intermediária para marcá-lo ou deixarem o combate para os volantes. Valdivia não faz gol pelo Palmeiras desde 27 de fevereiro de 2014!!!

    Depois disso, só marcou pela seleção chilena, na Copa do Mundo contra a Austrália.

    Há ingredientes para tornar a decisão digna do estádio lotado que haverá. O velho Parque Antarctica recebeu 40 mil pessoas contra o XV de Piracicaba, jogo do título em 1976. Faz 39 anos e só hoje se aproximará daquele público. O recorde acontecerá quando a Polícia Militar respeitar os laudos que permitem 43 mil espectadores.

    Jogo grande ainda tem estádio lotado. Assim será hoje, tanto no Allianz Parque quanto no Grenal da Arena, em Porto Alegre. Provavelmente haverá menos lotação no Maracanã para Vasco x Botafogo e no Mineirão para Atlético x Caldense.

    Os atleticanos estão mais interessados no sucesso da Libertadores, como corintianos, são-paulinos, cruzeirenses e colorados. Ninguém é capaz de mudar o atual ranking de importância dos torneios, Libertadores acima e Estadual por último.

    Não significa que se deva menosprezar um título, como Paolo Guerrero fez na sexta. Só que sua declaração deve servir de exemplo para que, enquanto houver estaduais, trabalhe-se para serem atraentes.

    Os clubes do interior de São Paulo reivindicam mais dinheiro e é provável que sejam atendidos nos próximos dois anos.

    O plano é diminuir o Paulistão de tamanho, de 20 para 16 clubes. Os times da Série A2 receberão o mesmo que os 12 pequenos da Série A1. Sem presença na elite, os minúsculos não terão prestígio –já não têm–, mas terão dinheiro.

    Em 1988, Eduardo José Farah ganhou a Federação Paulista quando o campeonato tinha 20 clubes. Aumentou para 22, depois 24, 28, 32, com chaves divididas ao meio, grandes de um lado, pequenos do outro, chances de título para todos.

    Depois de seis anos, Farah rachou os 32 times ao meio. Em 1994, o Paulistão teve turno, returno, pontos corridos, 16 clubes e foi ótimo!

    Com 16 clubes em 2017, o Paulistão será melhor do que hoje. Pode ser pouco, porque o que se pretende é o calendário anual para todos, grandes ou pequenos. Mas é preciso acabar com a ideia de que alguns campeonatos não valem nada. Pior do que ganhar só o Estadual é passar cinco anos eliminado da Libertadores e não ter nenhuma taça para chamar de sua.

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    É jornalista desde os 18. Cobriu as Copas de 1994, 1998, 2006, 2010 e 2014. Hoje, também é comentarista. Escreve aos domingos
    e segundas-feiras.

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