• Colunistas

    Wednesday, 08-May-2024 19:25:53 -03
    PVC

    O replay sem Valdivia

    27/04/2015 02h00

    O passe de Cleiton Xavier para Lucas não teve o requinte do drible, de deixar o marcador caído. Mas a jogada, repare, foi idêntica à do gol da vitória sobre o Botofogo-SP, nas quartas de final. Lucas tem evoluído a cada jogo e foi outra vez ele o autor do passe para Leandro Pereira fazer 1 a 0.

    Daquela vez, o passe foi de Valdivia, desta vez de Cleiton Xavier.

    A jogada trabalhada foi também anunciada pelo posicionamento ofensivo do Palmeiras, nos primeiros 30 minutos.

    Rafael Marques jogava pela ponta esquerda e Dudu infiltrado. Em vários momentos, apareciam os dois do lado esquerdo do campo. O corredor direito ficava livre para Lucas se infiltrar.

    Deu em gol!

    É claro que o Santos sente mais a falta de Robinho do que o Palmeiras de Valdivia. O Santos só tinha perdido um jogo na temporada e Robinho não estava em campo contra a Ponte Preta. Valdivia não disputou nenhum jogo completo, nenhuma vez noventa minutos.

    Cleiton Xavier ocupa a sua função e todas as bolas passam no seu pé direito.

    Como contra o Botafogo, quando fez o cruzamento e todos os elogios foram para Valdivia, o lateral Lucas deu a assistência e foi destaque da partida. Fosse nos desarmes precisos do lado direito da defesa do Palmeiras, fosse nas jogadas ofensivas, sempre opção de ataque para os passes de Robinho e Cleiton Xavier.

    Editoria de Arte/Folhapress

    Sem Robinho, a única opção de jogo do Santos era a escapada de Geuvânio em contra-ataque. Mudou no segundo tempo, depois do pênalti perdido por Dudu. Lançamento brilhante de Lucas Lima e Ricardo Oliveira só não marcou porque Vítor Hugo foi perfeito no desarme.

    O zagueiro que o Palmeiras comprou contando que será titular em finais de Champions League, em breve, falhou nos dois primeiros clássicos. Mas é ótimo. Ontem à tarde, salvou.

    Depois do pênalti perdido por Dudu, a grande chance da partida foi de Ricardo Oliveira e foi incrível o Palmeiras criar menos do que quando havia onze homens de cada lado. Lucas Lima cresceu muito na partida, fez o passe para Ricardo Oliveira e atormentou sua marcação. A exceção foi uma jogada de Kelvin pelo lado direito do ataque, em que não havia nenhum pé para finalizar.

    A decisão está aberta, mas o sinal é de o Palmeiras estar taticamente mais composto do que o Santos, dependente de Robinho.

    Verdade que o Palmeiras jogará contra a vantagem e se o Santos vencer por qualquer marcador levará para os pênaltis.

    E provavelmente terá Robinho, que poderia jogar no sacrifício ontem, mas a comissão técnica preferiu preservar para decidir na Vila.

    Pode dar certo. Mas o Santos terá de vencer um Palmeiras que não era tão forte assim havia seis anos. Mais do que o tempo que não vence na Vila Belmiro, desde 2011.

    CAPRICHO

    Apesar de o Vasco ter tido mais posse de bola, o Botafogo chutou duas bolas na trave e poderia ter vencido a partida com a bola de Bill, no 2º tempo. Era dissimulado, parecia esperar a hora certa de fazer o gol da vitória. Fez com Rafael Silva, sem impedimento. Está perto de ser campeão depois de 12 anos.

    MARACUTAIA?

    Uma lembrança para quem julga que o Corinthians perdeu por 2 a 0 para o São Paulo para forçar o cruzamento com o Guarani nas oitavas da Libertadores. Na sequência, enfrentará o Racing. Se virasse o jogo, pegaria Universitário Sucre e depois Emelec ou Atlético Nacional.

    pvc

    pvc

    É jornalista desde os 18. Cobriu as Copas de 1994, 1998, 2006, 2010 e 2014. Hoje, também é comentarista. Escreve aos domingos
    e segundas-feiras.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024