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    A concorrência

    20/07/2015 02h00

    Marcelo Oliveira tentou despistar na sexta-feira, depois de ouvir a pergunta sobre o possível retorno de Robinho: "Estamos montando o time, com muitas opções. Teremos uma concorrência saudável!"

    Na sua opinião, a concorrência vai motivar os jogadores e empurrar o time para o topo da tabela.

    Nesta história, Robinho é fundamental. Ele voltava de lesão, razão pela qual Marcelo Oliveira demorou a confirmar sua escalação. Mas é o ganhador da disputa com Valdivia, Cleiton Xavier e Zé Roberto.

    Foi ele quem fez a tabela com Rafael Marques e o passe para o gol de Leandro Pereira.

    É justo dizer que Robinho ganha a concorrência como meia de ligação e escalá-lo fez com que Marcelo Oliveira conseguisse o que Oswaldo não conseguia em suas últimas partidas: fluência.

    Editoria de arte/Folhapress
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    Mesmo com boas atuações de Robinho e de Egídio, o Palmeiras não jogou bem contra o Santos. Teve Arouca e Gabriel bem marcados e a bola muitas vezes saiu pelos zagueiros.

    A ligação direta durou até a tabela de Rafael Marques e Robinho, no gol de Leandro Pereira. Então, o time acalmou.

    Diferente de Cleiton Xavier e Zé Roberto, Robinho faz a equipe andar. Domina e toca, o que, com a ajuda do passe mais rápido de Gabriel, em comparação com o que acontecia nos tempos de Oswaldo, faz o Palmeiras chegar mais rapidamente à área adversária.

    Concorrência é ótimo em diversos lugares. Quanto mais gente competente numa mesma equipe, mais as pessoas precisam se desdobrar para se mostrarem indispensáveis.

    No futebol, às vezes dá medo.

    No Cruzeiro, alguns dirigentes diziam que Marcelo Oliveira não sabia lidar com as várias opções para a mesma posição. Por enquanto, não mostra esse receito no Palmeiras. Vitor Hugo saiu por lesão, entrou Leandro Almeida. João Pedro foi bem contra o ASA, Lucas voltou contra o Santos por estar jogando melhor. Robinho voltou de lesão, entrou na equipe e foi o principal jogador do meio de campo.

    Apesar do time irregular.

    O Santos teve mais posse de bola e finalizou mais. Marcelo Oliveira viu seu time ser firme apenas na quantidade de desarmes e teve outra vez Egídio como jogador fundamental. Só que em três clássicos no primeiro turno, venceu três vezes, marcou sete vezes, não sofreu nenhum gol.

    A rodada, com vitória do Corinthians e derrotas de Grêmio e Fluminense, deixa o Palmeiras a quatro pontos da liderança. Isso indica luta pelo título.

    Pela qualidade do futebol, por enquanto, a realidade é a briga pela Libertadores, dois pontos atrás de Sport e Fluminense. Os concorrentes têm jogos difíceis. O Sport enfrenta o Grêmio no sábado e o Fluminense vai a Chapecó no próximo domingo. Por isso, há enorme chance de entrar no grupo dos classificados para a Libertadores na próxima rodada.

    PRAGMATISMO

    O Corinthians segue com a melhor defesa, sete jogos sem perder e empatado na liderança com o Atlético-MG. Não menospreze o que Tite já conseguiu. O Corinthians tinha seis jogadores diferentes contra o Atlético em comparação com o time que brilhou em fevereiro contra o São Paulo.

    MELHOR

    Quem conhece futebol sabe como é difícil remontar a equipe no decorrer do campeonato. Para mudar essa realidade, é preciso respeitar o trabalho bem feito, manter técnicos e jogadores. Enquanto isso, o Atlético continua merecendo ser chamado de melhor time do Brasileirão.

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    É jornalista desde os 18. Cobriu as Copas de 1994, 1998, 2006, 2010 e 2014. Hoje, também é comentarista. Escreve aos domingos
    e segundas-feiras.

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