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    PVC - Paulo Vinicius Coelho

    Choque-Rei pela Libertadores

    31/08/2015 02h00 Erramos: o texto foi alterado

    Dos quatro times que hoje estariam classificados para a Libertadores, o Palmeiras é quem mais perde pontos quando joga em casa. Estranha contradição de quem leva mais público aos estádios –28 mil pagantes contra o Joinville, 34 mil em média no Brasileirão.

    Errar demais não é um privilégio do time de Marcelo Oliveira. O Choque-Rei que se projeta por uma vaga na Libertadores contrapõe o time que mais reforços recebeu durante o Brasileirão contra o que mais perdeu jogadores.

    Barrios, Alecsandro, Egídio, Leandro Almeida e Thiago Santos chegaram ao Palmeiras.

    Denílson, Souza, Paulo Miranda, Jonathan Cafu, Rafael Toloi e Boschillia foram embora do São Paulo.

    Editoria de Arte/Folhapress

    A percepção das chegadas é sempre de que o time ficou melhor, mas no fundo a perda de conjunto é quase igual quando se monta ou desmonta no decorrer da campanha. O Palmeiras, quarto colocado, e o São Paulo, em quinto, oscilam mais do que os líderes, montados há mais tempo.

    O São Paulo fez boa atuação no sábado, a melhor de Ganso nos últimos meses. Pato não marcou. Ele tem 22 gols neste ano e só Ricardo Oliveira, com 24, marcou mais vezes em 2015, por qualquer clube do Brasil. Por isso, Osório definiu-o como melhor atacante do país.

    Pato é mais técnico do que Ricardo Oliveira e mais efetivo do que Fred, nesta temporada. Mesmo assim, às vezes faz questão de dizer que nada é problema seu.

    "Gostaria de ficar no São Paulo, mas não depende de mim." Como não? O Corinthians é quem decide, mas se Pato gritar que prefere jogar a Libertadores em 2016 pelo São Paulo a disputar o sexto lugar no Campeonato Inglês pelo Tottenham, a chance de ficar aumenta.

    Os dois gols dados pelo Palmeiras ao Joinville no fim do primeiro tempo de ontem, mais os dois oferecidos ao Cruzeiro depois de fazer 3 x 0 no Mineirão, dão a impressão de que o Palmeiras erra mais do que o São Paulo.

    Quase sempre fica a última imagem. Há duas semanas, quando perdeu por 3 x 0 para o Goiás, a percepção era diferente.

    O São Paulo é um pouco menos instável, porque tem uma base que se conhece há mais tempo. Ganso, Michel Bastos, Pato, Luís Fabiano e Rogério Ceni foram vice-campeões no ano passado.

    O Palmeiras montou uma equipe para ser forte a partir de 2015. É isso o que torna mais importante classificar-se para a Libertadores. Ampliaria a percepção de que o investimento dará retorno.

    Ontem, Marcelo Oliveira escalou um 4-2-3-1, com Robinho fechando a ponta direita para Gabriel Jesus atacar pela esquerda. Sua grande arma não é a variação, mas poder trocar jogadores sem perder qualidade. Sai Barrios, entra Alecsandro, sai Egídio, joga Zé Roberto. Nesse ponto, tem mais chance de terminar a campanha em quarto, com o São Paulo em quinto, como mostra a classificação de hoje.

    CHAPECÓ

    A Chapecoense só tinha perdido para o São Paulo em casa e se estabeleceu distante da briga para não cair. Caiu ontem, porque é muito difícil enfrentar o Corinthians nos dias em que está bem. Para estar bem, o ótimo gramado ajuda em Chapecó, o que faz os jogos serem bons por lá.

    MARACANÃ

    O Atlético-MG foi sempre melhor do que o Fluminense no jogo de ontem, com destaque para os deslocamentos de Lucas Pratto e Giovanni Augusto. Rafael Carioca voltou a jogar bem e o ponto fraco do time é a marcação pela direita da defesa. Isso pode melhorar.

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    É jornalista desde os 18. Cobriu as Copas de 1994, 1998, 2006, 2010 e 2014. Hoje, também é comentarista. Escreve aos domingos
    e segundas-feiras.

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