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    PVC - Paulo Vinicius Coelho

    Jogaço

    07/09/2015 02h00

    O Corinthians é um time cirúrgico, mas não merecia o gol de empate ontem à tarde no Allianz Parque. O Palmeiras já vencia por 3 x 2 no intervalo e começou o segundo tempo fazendo um arrastão.

    O time de Tite provava do próprio veneno, tentando a saída de bola e devolvendo-a para a equipe de Marcelo Oliveira, postada estrategicamente para recuperá-la no campo de ataque.

    Seria justo o Palmeiras definir o clássico com um gol até os quinze minutos da segunda etapa. Então, Robinho cansou, foi substituído por João Paulo –com Zé Roberto no meio-de-campo.

    Lucas saiu para dar o bote errado e obrigou Leandro Almeida a fazer a falta em Rildo que resultou no gol de Vagner Love.

    Incrível a sina do ex-artilheiro do amor, que hoje desperta ódio na arquibancada verde, por ter jogado mal no seu retorno ao clube em 2009 e por marcar o gol do segundo rebaixamento palmeirense, atuando pelo Flamengo, em 2012.

    O clássico pode ser catalogado como o melhor jogo do campeonato e, apesar da superioridade do Palmeiras, teve uma atuação perfeita de Renato Augusto no primeiro tempo. O meia do Corinthians desestabilizou a marcação de Amaral, quase fez um gol de placa e outro que empataria o clássico no último lance antes do apito para o intervalo.

    O Corinthians não perdoa. Se o adversário comete um erro, é gol do líder, o que torna mais provável o título ao final da campanha. O Palmeiras vacila. Contra o Goiás, desperdiçou chances e sofreu o gol num erro de marcação do lado direito da defesa. No clássico, sofreu dois de bola parada e pelo mesmo setor direito. Isso apesar das mudanças do lateral-direito e do zagueiro.

    Do lado esquerdo, Vítor Hugo foi impecável. Não perdeu nem sequer uma jogada –nas bolas paradas, sua missão era impedir o cabeceio do também zagueiro Gil.

    Jadson não teve grande atuação durante o confronto, mas cobrou as faltas do segundo e terceiro gols. Jogou pelos dois lados, ora marcando os avanços de Lucas para o garoto Malcom usar sua velocidade contra Zé Roberto. Ora duelando com o veterano lateral do Palmeiras.

    Zé Roberto teve a chance de ouro, quando o placar ainda registrava 3 a 2 e a bola lhe chegou quicando, na marca do pênalti –chutou por cima da meta de Cássio. Justamente porque a bola quicou, a finalização errada é perdoável.

    O clássico não foi das revelações. Gabriel Jesus teve lances de efeito, mas não brilhou. Arana foi brilhante no ataque e fez um golaço, mas sofreu muito na defesa.

    O que restou do jogaço foi uma tabela limpa para o Corinthians, com jogos em casa contra Grêmio e Joinville. E futuro incerto para o Palmeiras, ultrapassado pelo Flamengo –de Oswaldo de Oliveira!– e com jogo duro contra o Inter no Beira Rio, com quatro importantes desfalques enquanto o rubro-negro recebe o embalado Cruzeiro de Mano.

    GANSO BEM

    A velocidade para puxar o contra-ataque na jogada do primeiro gol do São Paulo impressionou. O segundo tempo do meia foi ótimo e Osório definiu-o como fundamental. O São Paulo está em quarto, mas tem duas partidas difíceis na semana: Santos na Vila e Grêmio em Porto Alegre.

    SEM NEYMAR

    Antes da convocação, três jogadores disseram que um dos erros da Copa do Mundo foi não ter treinado o plano B: jogar sem Neymar. E que esse erro se repetiu com Dunga até a Copa América. Jogar sem ele, no sábado, não deu resultado. O Brasil jogou mal e ganhou com gol duvidoso.

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    É jornalista desde os 18. Cobriu as Copas de 1994, 1998, 2006, 2010 e 2014. Hoje, também é comentarista. Escreve aos domingos
    e segundas-feiras.

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