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    PVC - Paulo Vinicius Coelho

    Botafogo e Atlético-PR têm caminhos distintos na 1ª fase da Libertadores

    30/01/2017 02h00

    A Libertadores começa nesta quarta-feira (1º) para os clubes brasileiros e uma palavra-chave precisa ser usada: humildade. A decisão da Conmebol de dar oito vagas ao Brasil, recorde entre os países sul-americanos, não é técnica. É econômica.

    O Botafogo foi o quinto colocado do Campeonato Brasileiro, o Atlético-PR ficou em sexto e os dois só participarão por causa da ampliação do torneio, anunciada no segundo semestre. Paulo

    Autuori protestou contra a mudança das regras no meio do caminho.

    "Acho que a Libertadores anual será melhor. Reclamei da mudança de parâmetro durante o torneio que estávamos jogando", diz.

    Vitor Silva - 01.set.2016/SSPress/Botafogo
    Jair Ventura orienta jogadores do Botafogo durante jogo contra o Cruzeiro, pela Copa do Brasil
    Jair Ventura orienta jogadores do Botafogo durante jogo contra o Cruzeiro, pela Copa do Brasil

    A Libertadores até novembro será melhor, porque haverá um filtro forte até chegar à fase de grupos. Isso reforça a dificuldade dos dois primeiros participantes do Brasil.

    Do Botafogo, principalmente.

    Primeiro, porque seu rival será o Colo-Colo, com três novos contratados. O Torneio Apertura do Chile terminou em dezembro e o Clausura começará sábado que vem. Mesmo sem jogos oficiais neste início de ano, a preparação física chilena está melhor, por estarem no meio da temporada.

    Segundo, porque o Botafogo iniciou o ano com vários sinais similares aos de 2014, quando foi eliminado na fase de grupos. Daquela vez, o alvinegro carioca estreou perdendo para o Deportivo Quito, fora de casa, depois de quatro partidas do Estadual do Rio –uma vitória, dois empates e uma derrota.

    Eduardo Húngaro era o treinador iniciante com a missão de avançar para as oitavas de final. A certeza de que Jair Ventura é o técnico certo é muito maior hoje em dia. Jair merece a confiança, por classificar o Botafogo para a Copa Libertadores num ano em que o desafio era escapar do rebaixamento do Brasileiro. Mas a inexperiência é semelhante.

    O início pífio no Estadual do Rio repete-se. Derrota para o Madureira e empate com o Nova Iguaçu, antes de enfrentar o Colo Colo.

    No caso do Atlético-PR, o risco é menor. O Millonarios foi o quinto colocado do Torneio Apertura da Colômbia, finalizado em dezembro. Mudou de técnico e transformou o elenco. Miguel Angel Russo, campeão pelo Boca Juniors em 2007, é o novo treinador.

    O Atlético-PR tem um dos projetos mais perfeitos do futebol brasileiro. Comete alguns erros, como não ter o mesmo técnico de janeiro a dezembro desde 2000, quando Osvaldo Alvarez começou e terminou o ano. Dizem que isto aconteceu porque nunca encontraram alguém como Paulo Autuori.

    É para se provar.

    O Atlético-PR tem caminho mais simples do que o Botafogo antes de chegar à fase de grupos. Se chegarem, ambos terão problemas. O time paranaense está na chave de Flamengo, San Lorenzo e Universidad Católica. O carioca no grupo de Estudiantes, Atlético Nacional e Barcelona de Guayaquil.

    O Atlético-PR tem sistema de trabalho moderno. Os departamentos técnico e administrativo estão juntos e a comissão recebe informações de todos os tipos.

    Entre os dois estreantes, é mais fácil confiar que o Atlético-PR faça uma boa campanha na Libertadores. Além do elenco, pela certeza de que a equipe de Autuori é muito forte dentro da Arena da Baixada e o Botafogo volta depois de quatro anos ao remodelado estádio Nilton Santos.

    (articleGraphicCredit)..

    SANTOS IGUAL

    O Santos mostrou no amistoso contra o Kenitra, do Marrocos, que manterá o mesmo sistema tático de 2016. Dorival Júnior quer posse de bola mesclada com velocidade na transição. O elenco é maior. Pode ajudar nas brigas pelo tri do Paulista, na Libertadores e no Brasileiro.

    QUE POLÊMICA?

    Sobre os Mundiais de Clubes, a Fifa nunca mudou de posição. Nunca disse que as Intercontinentais eram oficiais. Afirmou que o Palmeiras foi vencedor de torneio importante entre dois continentes. Nunca disse que era equivalente aos Mundiais. Não mudou nada. Nem na Fifa, nem no seu coração.

    pvc

    pvc

    É jornalista desde os 18. Cobriu as Copas de 1994, 1998, 2006, 2010 e 2014. Hoje, também é comentarista. Escreve aos domingos
    e segundas-feiras.

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