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    PVC - Paulo Vinicius Coelho

    Campeão da Liga dos Campeões é sempre o time de mais craques

    04/06/2017 02h00

    Carl Recine Livepic/Reuters
    O craque português Cristiano Ronaldo, do Real Madrid, se tornou o primeiro jogador a marcar em três finais de Liga dos Campeões da Europa
    Cristiano Ronaldo comemora gol na final da Liga dos Campeões, contra a Juventus, neste sábado (3)

    O Real Madrid mereceu vencer a Juventus, depois de sofrer durante todo o primeiro tempo, com as variações táticas do time italiano. A Juve defendia-se com duas linhas de quatro homens e atacava com Daniel Alves pela ponta direita, Mandzukic pela esquerda. O croata fez gol na decisão de Wembley, em 2013, quando o Bayern venceu o Borussia Dortmund.

    Marcou de novo, mas desta vez perdeu para o Real Madrid de Cristiano Ronaldo. O português, extraordinário, finge-se de morto e procura o lugar exato onde vai haver a falha do rival. No primeiro gol, foi jogar em cima do único integrante da linha de quatro defensores da Juve que não era zagueiro: Alex Sandro.

    Agora, são sete gols de Cristiano contra o melhor goleiro italiano de todos os tempos. Messi não marcou nenhum em Buffon. Inevitável a comparação, especialmente depois de uma decisão que fará Crisitano ser eleito o melhor do mundo pela quinta vez, empate com o argentino. Messi não poderá ser considerado o melhor de seu tempo, unanimemente. Entre os dois, Messi é melhor. Mas Cristiano é um rival forte o suficiente para ter o mesmo número de prêmios individuais e conquistar a artilharia da Liga dos Campeões pela sexta vez, uma a mais do que o argentino.

    A Liga dos Campeões é o maior torneio de clubes do planeta, indiscutivelmente. Mas precisa cuidar do equilíbrio. Se a Juve vencesse neste sábado (3), seria pela vantagem tática. No aspecto técnico, é inegável a superioridade do Real Madrid. O campeão da Liga dos Campeões é sempre assim, o time de mais craques. O ingresso vale sempre. Se você estiver numa decisão assim, assistirá ao talento.

    Mas o resultado está ficando previsível. Depois da Inter de Milão de 2010, campeã sem nenhum italiano entre os titulares e com treinador português, sempre é possível imaginar o vencedor antes de a Liga começar. Será o Real Madrid, o Barcelona, o Bayern ou um inglês.

    Há sete temporadas é assim.

    Até 1997, só os campeões nacionais do ano anterior entravam na Liga dos Campeões. Na primeira edição com os vices, Real Madrid e Juve fizeram a decisão, em Amsterdã. Ambos estavam na disputa por terem sido campeões nacionais da temporada anterior. Ganhou o Real Madrid por 1 x 0, gol de Mijatovic.

    Dezenove edições depois, nunca mais dois times qualificados para a disputa por serem campeões nacionais do ano anterior disputaram a final. O jornalista francês Gabriel Hanot criou o torneio para reunir os ganhadores de todas as nações. Por isso, chamou o troféu de Copa dos Campeões. O torneio cresceu, tornou-se inigualável. É necessário cuidado para não se tornar a Copa dos Ricos.

    LIDERANÇA

    O Corinthians é líder, porque foi melhor do que o Santos no segundo tempo. Marcou o primeiro gol com impedimento de Romero, que não precisava ter levantado o pé, para caracterizar a irregularidade. Depois, Romero e Jô definiram a vantagem. Quando marcou o primeiro, o Corinthians tinha mais posse de bola e era nitidamente melhor do que o time de Dorival Júnior. Apesar de ter o técnico há mais tempo no cargo na Série A, o Santos piorou neste ano em comparação com 2016.

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    pvc

    É jornalista desde os 18. Cobriu as Copas de 1994, 1998, 2006, 2010 e 2014. Hoje, também é comentarista. Escreve aos domingos
    e segundas-feiras.

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