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    PVC - Paulo Vinicius Coelho

    Corinthians é um time que sabe sua base; Palmeiras muda a cada rodada

    19/06/2017 02h00

    Geraldo Bubniak/AGB/Folhapress
    Alecsandro, do Coritiba, em lance de disputa de bola aérea, durante o empate contra o Corinthians, no Estádio Couto Pereira
    Disputa de bola no empate entre Corinthians e Coritiba, neste domingo (18)

    O Palmeiras mereceu vencer o Bahia neste domingo (18) e reagiu na tabela do Brasileiro. Quando fez o primeiro gol, tinha só 37% de posse de bola. Mas estava coeso, com Mina e Juninho formando pela primeira vez o miolo de defesa. Em comparação com o clássico contra o Santos, na quarta-feira (14), Cuca mexeu em quatro titulares.

    O Corinthians não jogou bem contra o Coritiba. Foi dominado no primeiro tempo, mesmo com mais tempo de posse de bola do que o adversário. Ter a bola não é mais um problema para o Corinthians. O time jogou bem contra o Cruzeiro, no primeiro tempo de quarta-feira, encurralando o rival no seu campo de defesa. Fez 1 x 0 depois de 47 passes consecutivos sem o Cruzeiro tocar na bola por dois minutos e 37 segundos.

    Contra o Coritiba, não conseguiu pressionar.

    A distância entre o Corinthians e o Palmeiras é de dez pontos na tabela. Mas há outras diferenças. O Corinthians mantém a base titular sempre que pode. No domingo, só não teve Jadson, que sentiu lesão muscular.
    O retorno de Fagner e Rodriguinho da seleção brasileira que estava na Austrália fez repetir a equipe principal, só com uma mudança no meio de campo.

    No caso do Palmeiras, Cuca mudou quatro jogadores depois do clássico contra o Santos, como acontece sempre, desde seu retorno. Não é um problema quando dá certo. Cuca sempre disse que tem uma estratégia por jogo. Carille pensa diferente.

    No ano passado, Cuca fez a mesma coisa e deu muito resultado. Desta vez, apesar da vitória na Bahia, o Palmeiras sofre mais. Não ter o período de dez dias de treino igual ao do ano passado é o que mais pesa para Cuca ser mais rápido na montagem da equipe.

    Em Salvador, onde o Palmeiras não perde desde 1988, o time fez 1 a 0 quando assistia ao Bahia melhor. No ano passado, o Palmeiras também sabia contra-atacar.

    Cuca viu seu time melhorar nesta semana, com duas atuações corretas fora de casa, contra o Santos e o Bahia. Mas ainda falta mais sequência da ideia de jogo. A tabela não ajuda, porque haverá confrontos contra Atlético-GO em casa, Ponte Preta fora, Grêmio no Allianz Parque e Cruzeiro no Mineirão.

    Mas o time evolui, mesmo sendo uma estratégia por rodada.

    O Corinthians tem limites de elenco conhecidos e eles apareceram no Couto Pereira. Os dez pontos de distância fazem a equipe de Carille candidata ao título. Nas próximas quatro rodadas, o Corinthians receberá o Bahia, visitará o Grêmio e receberá Botafogo e Ponte Preta.

    Quando terminar essa sequência, em que se terá certeza se o Corinthians está a caminho do título e o Palmeiras distanciando-se dele, haverá o clássico no Allianz Parque.

    O dérbi pode mudar muita coisa.

    Neste momento, apesar da vitória e do bom desempenho do Palmeiras, do empate insosso do Corinthians, ainda parece haver diferença entre um time que sabe qual é sua base, o líder, e outro que muda a cada rodada.

    Cuca vai encontrar seu time em breve. Está perto de acontecer isso. A pergunta é se quando o time engrenar vai haver tempo ainda para tirar a diferença que no domingo de manhã era de doze pontos e agora é de dez para o primeiro colocado.

    SEGUNDA VEZ

    No ano passado, o Atlético-MG venceu o São Paulo por 2 a 1, no Morumbi, com gols de Pratto e Maicosuel. Em um ano, os dois artilheiros mudaram de lado, mas o resultado se repetiu. O São Paulo contrata, muda o técnico e não avança. O time tem cara. Mas não é bonita.

    RECORDE COM FIM

    O Santos tinha 20 partidas seguidas vencendo no Pacaembu até empatar contra a Ponte Preta. Jogou para vencer, criou chances, mas o gol contra de David Braz deveria ter sido validado e a Ponte venceria. Faltam tabelas e triangulações para o Santos ser mais forte.

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    pvc

    É jornalista desde os 18. Cobriu as Copas de 1994, 1998, 2006, 2010 e 2014. Hoje, também é comentarista. Escreve aos domingos
    e segundas-feiras.

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