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    PVC - Paulo Vinicius Coelho

    Contra o Fluminense, Corinthians sente a ausência de Jadson

    24/07/2017 02h00

    Mauro Horita/Agif/Folhapress
    Giovanni Augusto, do Corinthians, comemora seu gol no empate sobre a Chapecoense, por 1 a 1, no Itaquerão (SP), pelo Brasileiro
    Giovanni Augusto, do Corinthians, comemora gol no empate sobre a Chapecoense pelo Brasileiro

    Giovanni Augusto cobrou o escanteio na cabeça de Balbuena, que fez o gol da vitória do Corinthians sobre o Fluminense. Pela 12ª vez em dezesseis partidas, o líder do Brasileirão foi vazado. É a melhor defesa do campeonato. O líder é agora também o dono do recorde de invencibilidade no início de uma campanha.

    Só o Flamengo de 2011 chegou à 17ª rodada invicto. No próximo domingo, justamente contra o rival rubro-negro, o Corinthians pode se tornar recordista isolado.

    O crescimento de produção de Rodriguinho durante todo o ano fez muita gente passar a considerar Jadson um simples coadjuvante. Não é. Na campanha do Brasileirão, o camisa 10 é o homem que mais inicia jogadas de gol e quem mais oferece passes para finalizações. Foram 22.

    Não que sua ausência tenha sido decisiva. O Corinthians superou também este desafio. Mas Giovanni Augusto dá outra característica à equipe. Menos armação. Para compensar, Giovanni deu o passe para o gol e marcou o lateral Léo durante os noventa minutos.

    Some à ausência de Jadson, a suspensão de Marquinhos Gabriel, líder de assistências da equipe no Brasileirão. O resultado foi o Corinthians jogando quase exclusivamente pelo lado esquerdo, com Romero, Arana e Maycon, e com uma única estocada de perigo no primeiro tempo, chute cruzado de Romero.

    Houve também um chute de longa distância de Giovanni Augusto, aos 17 minutos.

    Há meses, Fábio Carille sinalizou com sua expectativa de recuperar Marquinhos Gabriel e Giovanni Augusto. Tem conseguido arrancar mais futebol do primeiro, mas Giovanni Augusto ainda não é o jogador que mostrou ser no Figueirense e no Atlético-MG. Lembre-se de que foi o autor do primeiro gol da Arena Corinthians, como adversário.

    No Maracanã, faltou a criatividade do ausente Jadson e do presente Rodriguinho. Sobrou o posicionamento organizado das duas linhas defensivas. Atrás dos dois volantes, Abel Braga tentava fazer Scarpa incomodar o Corinthians. Por vários momentos, o meia tricolor circulou às costas de Maycon e Gabriel pedindo o passe que não acontecia.

    O Fluminense levava mais perigo quando tinha o contra-ataque de Richarlison. Por duas vezes, ele teve a chance. Na segunda, Cássio antecipou-se e desviou para escanteio. Só no segundo tempo, Scarpa achou espaço entre as linhas para chutar na trave direita de Cássio.

    A questão é que um gol corintiano, atualmente, equivale ao anúncio da vitória. Sem Pablo, Pedro Henrique oferece segurança, mas o monstro do sistema defensivo é Balbuena.

    No segundo tempo, logo após um erro de passe de Giovanni Augusto, Richarlison partiu pela terceira vez em direção à grande área. Balbuena aproximou-se e, com o corpo, interrompeu a trajetória do atacante para finalizar com o pé direito, o bom. Obrigou-o a caminhar com a bola para a linha lateral, onde foi controlado.

    Lembrou a frase de Elias Figueroa: "O grande zagueiro é o que impede o atacante de fazer o que deseja e o obriga a fazer o que ele, o zagueiro, quer."

    Se o Corinthians vencer ou empatar com o Flamengo, no domingo, alcançará a segunda maior série invicta de sua história.

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    É jornalista desde os 18. Cobriu as Copas de 1994, 1998, 2006, 2010 e 2014. Hoje, também é comentarista. Escreve aos domingos
    e segundas-feiras.

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