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    PVC - Paulo Vinicius Coelho

    O Palmeiras parece ser o único com chance de revolucionar o campeonato

    23/10/2017 02h00

    Gustavo Granata/DiaEsportivo/Folhapress
    Jogadores do Palmeiras comemoram gol marcado por Dudu na vitória por 3 a 1 sobre o Grêmio, na Arena, em Porto Alegre, pelo Brasileiro
    Jogadores do Palmeiras comemoram gol marcado por Dudu na vitória por 3 a 1 sobre o Grêmio

    O Palmeiras mudou. O São Paulo também. No caso de Dorival Júnior, mexeu na formação da equipe, com Jucilei como primeiro volante e Petros, o mais voluntarioso do time, atuando como armador, junto com Hernanes.

    Deu tanto resultado a ponto de fazer 2 a 0 no primeiro tempo e ter Hernanes como melhor jogador em campo, autor de um cruzamento para o gol de Pratto e de uma infiltração na jogada do segundo.

    O Palmeiras com Alberto Valentim troca mais passes no campo de defesa e preza mais a posse de bola. Edu Dracena e Juninho saem com lances mais curtos, sem ligação direta para o ataque.

    Valentim não conhece Maurizio Sarri, o técnico do Napoli. Quem lhe disse para observar o líder do Campeonato Italiano foi seu ex-treinador, na Udinese, Luciano Spaletti.

    Alberto Valentim levou à Itália vídeos do Red Bull, que dirigiu no Campeonato Paulista de 2017. Spaletti viu e indicou que acompanhasse o Napoli. O atual treinador da Internazionale julga que o estilo do técnico palmeirense se parece com o que o Napoli adota e neste momento domina a Itália.

    Marcação no campo de ataque na maior parte do tempo possível, troca de passes na saída de bola e busca do gol incessante.

    Spaletti gosta do ataque, mas preza a defesa. Sarri fez do Napoli o quarto melhor ataque dos grandes campeonatos da Europa da temporada passada, com 94 gols, menos do que Barcelona, Real Madrid e Monaco, apenas.

    O Palmeiras já tem o melhor ataque do Brasileiro. Ultrapassou o Grêmio na lista dos times com mais gols e também na classificação. Neste momento, o Palmeiras é o segundo colocado, o mais direto perseguidor do Corinthians.

    O Brasileiro tem uma última chance de mudar.

    Há dois jogos do Corinthians fora de casa. Contra o Botafogo, nesta segunda-feira (23), às 20h, no Rio, e contra a Ponte Preta, no próximo domingo (29). Se o Corinthians empatar com o Botafogo, o Palmeiras terá diminuído a distância de catorze para sete pontos em uma semana.

    O clássico Corinthians e Palmeiras está marcado para o dia 5 de novembro, daqui a dois domingos, em Itaquera. "Só vamos falar sobre isto mais tarde", diz Alberto. "Hoje a gente já está a seis pontos deles", disse Dudu depois da vitória em Porto Alegre.

    Tem razão. É impossível pensar na virada neste momento.

    Mas o Palmeiras muda pouco a pouco e parece ser o único com chance de revolucionar o campeonato.

    O Santos está em terceiro, mas não convence.

    GANHAR FORA

    O São Paulo tem a oportunidade de mudar sua vida. A vitória contra o Flamengo já mostrou que as coisas transformam-se. Cueva foi substituído aos 40 minutos do segundo tempo sob aplausos.

    Das cinco finalizações do São Paulo no jogo, três foram com passes do peruano. Um deles resultou no gol de Hernanes.

    Para escapar do rebaixamento, é necessário ganhar fora de casa. O São Paulo só venceu duas, contra o Botafogo e o Vitória. Na próxima rodada, tem o Santos, no Pacaembu. Depois, o Atlético-GO em Goiânia.

    Não existe chance melhor de contar história diferente do que tem sido contada. Ganhar fora, contra o lanterna. Depois, desfilar para longe da ameaça de descenso.

    TIMES PRONTOS

    Jair Ventura e Fábio Carille montaram suas equipes em janeiro e se mantêm no cargo. Só Grêmio, Cruzeiro e Fluminense têm o mesmo comando desde janeiro. Isso não garante sucesso. O Corinthians precisa melhorar. O empate é ótimo. Mas jogar mal amplia a desconfiança.

    MATURIDADE

    Os meninos sub-17 da seleção sofreram 1 a 0 de pênalti, quando estavam melhores no jogo contra a Alemanha. Abalou. A Alemanha mandou por dez minutos. O Brasil reagiu e virou no segundo tempo com troca de passes e bola no chão. A pura escola brasileira está na semifinal.

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    pvc

    É jornalista desde os 18. Cobriu as Copas de 1994, 1998, 2006, 2010 e 2014. Hoje, também é comentarista. Escreve aos domingos
    e segundas-feiras.

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