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    Quebra Cabeça

    Rosely Sayão: 'Você acha que faz muita coisa? Fale com seus pais!'

    ROSELY SAYÃO
    COLUNISTA DA FOLHA

    22/03/2014 00h01

    Você vai para a escola todo dia mesmo sem vontade e sem ter feito a lição de casa. Seus pais dizem que é preciso, que é obrigação. Eles estão certos.

    Mesmo que os pais quisessem atender ao capricho do filho de não querer ir à escola, eles não poderiam.

    Toda criança deve ir à escola: isso é lei. Um dia, quando você for grande e já tiver saído da escola, pode ser que perceba que foi realmente necessário ir todo santo dia e não só quando dava vontade.

    O problema é que seus pais decidiram ser superpais. Para eles, não basta a escola: agora é preciso ficar lá mais tempo, aprender outras línguas, fazer outros cursos e até mais.

    E sabe por que agem assim? Porque acreditam que vai ser bom para o seu futuro. Mas alguns exageram porque, pensando demais no futuro, esquecem que o filho precisa viver o tempo de agora, o presente. Ser criança. E não dá para ser criança sem tempo livre.

    Você até gosta de algumas atividades desses cursos extras, confesse! O que chateia é o compromisso: ter de ir no dia e na hora marcados. E, como vira obrigação, dá para desgostar um pouco, não é? Dá até vontade de desistir.

    Se você acha que está fazendo coisas demais, que está sem tempo para brincar, ficar sossegado sem nenhuma obrigação, é hora de criar coragem e conversar com seus pais.

    Mas conversar de verdade: sem reclamação, chororô, drama. Desse modo, fica mais fácil eles prestarem atenção a suas palavras e a suas emoções.

    Está certo que choramingar quase sempre funciona. Mas agora é a hora de contar a eles que você tem vontade de ter vida de criança. Papo sério de filho para pais!

    Que tal começar perguntando sobre a infância deles? Aí, está na mão sua chance de dizer que gostaria muito, muito, muito, muito de ter lembranças de infância também. Que acaba tão depressa!

    Beck
    Beck

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    Quebra-Cabeça

    Escreveu até abril de 2016

    por rosely sayão

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