Um dia, o João se descontrolou com um colega na hora do recreio. Eles discutiram, se xingaram e quase –quase!– se bateram. Faltou pouco. Por sorte, não aconteceu.

Enquanto João e o colega se estranhavam por um motivo bobo, vários alunos viam o que acontecia. Alguns meninos começaram a gritar "Briga! Bate! Briga! Bate!", querendo mesmo era ver confusão –o que não foi nada legal!

Outros resolveram tomar partido: enquanto uns ficaram a favor do João, uma parte escolheu o lado do outro garoto.

Ninguém teve a ideia de procurar a ajuda de um adulto ou de afastar os dois meninos para que a discussão não terminasse em uma briga mais feia.

Essa seria a melhor escolha naquela situação. Mas veja só o que rolou de fato entre a garotada depois da pequena confusão.

Alguns colegas que viram a cena contaram para outros que não estavam por perto. Só que quando a gente vê uma coisa e conta o que viu para outra pessoa, sempre coloca o nosso jeito de enxergar, não é assim?

Resumo da ópera: começou a rodar a maior fofoca na escola. Alguns diziam que o João tinha batido, sem dó, no menino; outros contavam que o colega do João era um garoto do mal.

Os boatos chegaram aos ouvidos dos professores e dos pais. Teve até mãe de aluno querendo fazer um abaixo-assinado pedindo a expulsão do João!

Sabe o que é um abaixo-assinado? É uma espécie de documento que faz um pedido com a concordância de diversas pessoas, que assinam para mostrar que pensam daquela maneira. Sorte que não vingou. Afinal, o João só tinha se descontrolado um pouco, o que pode acontecer com qualquer criança.

A escola tomou uma boa atitude: os professores conversaram com todos os alunos na sala e explicaram como a fofoca pode acabar prejudicando uma pessoa.

Então, se você ouvir alguma história no colégio que envolva seus colegas, não passe para a frente. Converse com um adulto e ele irá lhe ajudar.

	Armandinho

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