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    Quebra Cabeça - Rosely Sayão

    Você sentiu medo dos atentados?

    28/11/2015 03h02

    Ataques terroristas, guerras, sequestros, assaltos, assassinatos, refugiados, rompimento de barragens, um mar de lama no lugar de um rio, um rio de lama em um enorme pedaço de mar. Tragédias.

    Todo mundo está falando sobre isso. Os canais de televisão não se cansam de mostrar cenas de todas essas catástrofes. E crianças, como você, assistem a essas cenas, muitas vezes com medo. O medo puxa outros sentimentos: insegurança, ansiedade, choro e tristeza, por exemplo.

    Se você sentiu ou sente algumas dessas emoções, não se preocupe, pois elas são normais. Sinal de que somos humanos e sofremos com o sofrimentos dos outros.

    Sempre que algo incomoda e chega até a atrapalhar um pouco a sua vida, a melhor coisa a fazer é conversar com seus pais sobre o que sente –ou então com seus professores, na escola. Guardar os sentimentos só faz a emoção aumentar.

    Procure também parar de assistir às cenas que mostram essas tragédias. Se estiver em casa e seus pais forem assistir aos problemas, converse com eles, peça para mudarem de canal. Pode acontecer de eles não prestarem muita atenção ao seu pedido. O jeito é ocupar-se com outra coisa, para a sua proteção.

    Procure ficar tranquilo. Quando essas tragédias acontecem, parece que vão se repetir todos os dias –mas elas são exceção. Lembre-se sempre disso. E conte com sua família, que pode lhe dar segurança.

    Esse mundo dos adultos tem muita coisa maluca, não é? E, se prestar bem atenção, todas essas tragédias, que já aconteceram e que continuam acontecendo, têm uma coisa em comum: todas elas demonstram uma grande falta de amor à vida.

    No futuro, você pode se tornar um adulto diferente desses que provocam catástrofes e que, no lugar de cuidarem bem da vida, a atacam e provocam a morte.

    Você pode se tornar um adulto com atitudes que vão mostrar grande cuidado com a vida. Isso promete um mundo muito melhor no futuro.

    Alexandre Beck

    Quebra-Cabeça

    Escreveu até abril de 2016

    por rosely sayão

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