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    Painel das Letras - Raquel Cozer

    Editoras querem resgatar febre dos antigos cadernos de perguntas

    05/09/2015 02h00

    MARCO RODRIGO ALMEIDA (INTERINO)

    Mania entre crianças e adolescentes, especialmente as meninas, nos anos 1980 e 1990, os cadernos de perguntas são a nova aposta do mercado editorial. A Aquário laça na Bienal do Livro do Rio uma versão em livro da brincadeira, produzida por Estevão Ribeiro e Ana Cristina Rodrigues, com tiragem de 3.000 exemplares -número significativo para uma editora nanica.

    "Meu Caderno de Perguntas" traz questionamentos de cunho pessoal, como "quando deu seu primeiro beijo?" e "gosta de alguém atualmente?", e espaços para que os leitores possam respondê-las. Em novembro, a Aquário pretende lançar novo volume, mais voltado para os garotos.

    O formato também está na mira da Verus, selo juvenil do Grupo Record, que vem investindo em publicações interativas -lançou recentemente o "Livro de Marcar Livros", no qual o leitor pode catalogar os títulos que leu. A editora coloca sua versão do caderno no mercado no final de outubro.

    Joyce de frente e verso

    Uma leva de novas traduções de James Joyce chegará às livrarias pela Lumme Editor. Em outubro, sai um volume reunindo os infantis "O Gato e o Diabo" e "Os Gatos de Copenhagen".

    No início de 2016 será a vez de "Rejoyce", que apresentará diversas versões para fragmentos de "Finnegans Wake". No ano que vem, a editora lança ainda "Stephen Herói", "Dublinenses". Há ainda o projeto de uma nova versão do "Finnegans", com o título "Vigília/Incelença/Elegia para Finnegan".

    As traduções ficarão a cargo de Eclair Antonio Almeida Filho, Josina Nunes Roncisvalle e Leonardo Souza, que assinarão conjuntamente todas as edições.

    De Arrepiar

    'Dory Fantasmagory', primeira aventura da garotinha de imaginação fértil criada por Abby Hanlon, foi adquirida pela Rocco Pequenos Leitores; a data do lançamento não foi ainda definida.

    Reprodução
    Ilustração do livro "Dory Fantasmagory", de Abby Hanlon
    Ilustração do livro "Dory Fantasmagory", de Abby Hanlon

    A saga de Parvana

    "My Name Is Parvana", último capítulo da trilogia da canadense Deborah Ellis sobre uma garota afegã em busca dos pais durante o regime talibã, chega ao Brasil em 2016, pela Ática -que já colocou nas livrarias os dois anteriores, "A Outra Face" e "A Viagem de Parvana".

    Sucesso em diversos países, a saga será adaptada para o cinema. Angelina Jolie vai produzir uma animação inspirada em "A Outra Face", prevista para 2017.

    Escritora e ativista política, Ellis criou as tramas a partir de uma temporada no Afeganistão, em 1997.

    Pra frente Crônicas de Agamenon Mendes Pedreira -personagem criado pelos humoristas Hubert e Marcelo Madureira-, publicadas no jornal "O Globo" e na revista "Veja", serão reunidas em "Rouba, Brasil". O livro da editora Matrix, previsto para outubro, ironiza escândalos políticos e o vexame na Copa de 2014.

    Vermelhinhos Precursor das atuais "listas amarelas", "O Livro Vermelho dos Telephones - São Paulo", de 1942, é resgatado na "Revista de História da Biblioteca Nacional" deste mês. Além dos contatos dos moradores de então, traz curiosidades sobre a história da cidade.

    Vermelhinhos 2 O livro mostra, por exemplo, que era possível ir de São Paulo ao Distrito Federal de trem, passando pelo Rio, por 503 mil réis. Já o primeiro veículo emplacado na capital foi um Cadillac da família Matarazzo. A publicação chega às bancas no próximo sábado (12).

    Lavando a alma A editora Planeta lança um guia inusitado de reflexões filosóficas do monge budista japonês Keisuke Matsumoto. "Manual de Limpeza de um Monge Budista" defende que cuidar de casa pode nos ensinar a viver melhor. O autor argumenta que o tempo dedicado à limpeza traz uma sensação de plenitude.

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