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    Ronaldo Lemos

    O novo rei do pop é asiático, e tem muito mais vindo aí

    DE SÃO PAULO

    29/04/2013 03h02

    Esqueça Michael Jackson. No dia 13 de abril, o novo rei do pop global, o coreano Psy, lançou no YouTube o vídeo da música "Gentleman".

    Em dez dias, atingiu 220 milhões de visualizações, quebrando vários recordes.

    É hoje o vídeo mais visto em um único dia (38 milhões), deixando para trás o polêmico documentário "Kony", detentor da marca anterior (com 31 milhões).

    Com isso, fica claro o novo papel da Coreia do Sul. O país não é mais só um líder industrial, responsável por boa parte dos carros e celulares consumidos no mundo. Tornou-se competitivo em um setor em que os EUA eram imbatíveis: a indústria cultural.

    O poder do pop coreano está em toda parte. Na semana passada, a banda Super Junior, formada por nove garotos coreanos e três chineses, lotou o Credicard Hall em um show de três horas, com direito a cartazes em coreano e uma cover de "Ai, Se Eu Te Pego" em bom português.

    Para sentir o nível da histeria, só assistindo ao vídeo em bit.ly/XZggTY.

    Se o show tivesse sido da "Girls' Generation", outra banda coreana formada por nove garotas (duas delas chinesas), a histeria teria sido a mesma.

    O K-Pop (pop coreano) tornou-se uma força econômica. É tratado com a mesma seriedade e senso de estratégia que fizeram a Coreia prosperar em outras indústrias.

    Por trás de cada um desses artistas há uma empresa que sabe exatamente o que está fazendo. Pode parecer trivial, mas Psy e o K-Pop falam muito sobre o mundo hoje.

    ronaldo lemos

    É advogado, diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro (ITSrio.org). Mestre em direito por Harvard. Pesquisador e representante do MIT Media Lab no Brasil. Escreve às segundas.

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