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    Ronaldo Lemos

    Jovem sueco vende canal de YouTube para a Disney

    07/04/2013 03h30

    PewDiePie é o apelido do sueco Felix Kjellberg. Como muitos outros garotos, em 2009 ele criou um canal no YouTube para falar de seu assunto favorito: games.

    Em 2012 o canal começou a bombar. Em 2013 chegou a 6 milhões de assinantes. Hoje tem 25,5 milhões.

    Na semana retrasada a Disney comprou o canal em um acordo que pode chegar a US$ 950 milhões.

    Antes de ser "comprado", PewDiePie sido contratado por uma curiosa empresa chamada MakerStudios.com. Ela é uma mistura de agência de talentos com produtora de audiovisual.

    Sua função é dar um banho de loja em produtores de vídeo promissores que são achados no YouTube.

    A empresa ajuda a melhorar a qualidade dos vídeos e gerencia a carreira do contratado. E é claro: passa a ter direito sobre as receitas futuras, incluindo publicidade.

    PewDiePie era um dos "talentos" da empresa. E uma das principais razões da compra da Disney.

    Há algumas lições sobre o caso. A primeira é que paciência compensa. PewDiePie insistiu por três anos na obscuridade até decolar.

    A outra: games estão com tudo. Boa parte dos canais mais populares do YouTube falam de games. Eles não são mais nicho. Só o canal de PewDiePie gerou 3,9 bilhões de acessos. O mesmo fenômeno acontece no Brasil.

    O Porta dos Fundos é só a ponta. Há inúmeros canais superpopulares, muitos deles sobre funk ou músicas periféricas, que falam para milhões de pessoas. Quem tiver o mesmo olhar da MakerStudios para consolidá-los tem nas mãos um pedacinho da mídia do futuro.

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    É advogado, diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro (ITSrio.org). Mestre em direito por Harvard. Pesquisador e representante do MIT Media Lab no Brasil. Escreve às segundas.

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