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    Silvia Corrêa

    Pássaros podem sofrer acidentes graves em viveiros

    18/09/2016 02h00

    Ilustração de Rodrigo Fortes

    O viveiro foi construído para elas. A ideia de manter pássaros engaiolados nunca me agradou, mas Canô e Caló nasceram em cativeiro e me vi obrigada a adotá-los quando soube que não poderiam voltar para a venda no pet shop. Ela, porque havia perdido um dedinho. Ele, porque tinha adoecido e, depois de tratado, passara da idade para exposição.

    O casal de calopsitas morou alguns meses num dos quartos da casa, até que decidíssemos fazer o viveiro. A mudança de planos foi motivada por dezenas de "quase": eles quase fugiram, quase morreram ao voar contra o vidro da janela, quase foram eletrocutados ao bicar os fios do chuveiro, quase foram engolidos pelos cachorros.

    No viveiro, Canô e Caló tiveram cinco filhos e viveram sem acidentes... até a última sexta. Tudo aconteceu muito rápido: minha funcionária limpava o local e saiu para buscar o rodo. Quando voltou, Gray, um dos filhos de Canô, estava afogado no balde. Tentamos reanimá-lo, mas já era tarde. Claro que Gray pode ter caído porque tinha uma doença e passou mal. A necropsia responderá. Mas, para mim, Gray foi vítima da curiosidade que move as calopsitas e de nossa desatenção. Além da tristeza, fica a lição: não há viveiro à prova de acidentes.

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    + PETS

    Cobras e lagartos
    O Museu da Imagem e do Som promove neste domingo (18) a segunda edição do Um dia de Cão (e gato!). Serão 24 cães e 12 gatos disponíveis para adoção durante o evento, que inclui área de gincana para cães e donos, feira gastronômica, espaço kids, feira de produtos pet e exposição de fotos de Eduardo Leporo, que retratou moradores de rua e seus cães. Durante a tarde, uma das paredes do museu será pintada pelo grafiteiro Mudo.

    Saiba mais: MIS (Museu da Imagem e do Som), av. Europa, 158, das 12h às 18h. GRÁTIS

    Na onda do cinema
    No embalo do filme "Pets - A Vida Secreta dos Bichos", muita gente anda querendo saber o que os animais fazem quando estão sozinhos. Um caminho é instalar o aplicativo Cam2Pet. Ele aproveita câmeras de desktops, smartphones e tablets e permite que você receba em seu celular imagens de um cômodo da casa. Além disso é possível gravar as imagens, fotografar o pet e até falar com o animal, embora a voz às vezes saia um pouco metalizada. A versão básica é gratuita para as plataformas iOS e Android.

    Saiba mais: cam2pet.com

    sílvia corrêa

    Formada em jornalismo e veterinária. Atuou por 13 anos na Folha. Co-autora de 'Medicina Felina Essencial' (Equalis) e 'A Caminho de Casa' (Ed. de Janeiro). Escreve aos domingos.

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