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    Silvia Corrêa

    Cães enxergam o mundo em azul e amarelo

    13/11/2016 02h00

    Rodrigo Fortes

    Você tem a sensação de que seu cão persegue com mais vontade e desenvoltura aquela bolinha azul do que aquele bichinho vermelho? Talvez você tenha razão.

    Entender em que cores os animais enxergam foi, por anos, um desafio para ciência. E, hoje, as respostas já podem nos ajudar a escolher brinquedos que os atraiam mais, a orientá-los durante provas esportivas e até a entender alguns sustos ou interesses repentinos no meio do quintal.

    Por décadas se acreditou que cães eram monocromáticos, enxergavam apenas em tons de cinza, como golfinhos e baleias. Hoje, sabemos que não: cães distinguem cores, mas em número menor do que nós.

    A maior parte das descobertas foi feita na Universidade da Califórnia. E a explicação está numa variedade menor de cones, as células fotorreceptoras da retina. Nos cães só há cones sensíveis ao amarelo e ao azul.

    O que isso significa? Que, em um quintal gramado, um brinquedo vermelho desaparecerá das vistas do animal, porque ele enxergará tanto a grama como o brinquedo em tonalidades de amarelo.

    Vale o mesmo para maçãs verdes e vermelhas: aos olhos caninos, elas são ambas amareladas. Já o arco-íris não tem sete cores (vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta), mas três (amarelo em três tons, cinza e azul em dois tons).

    Por isso os obstáculos das provas de agility para cães e de saltos para equinos são sempre listados ou têm barras de cores alternadas –para que a variação de tons possa ajudar o animal a distinguir o obstáculo do que está no fundo da cena. Pense nisso em sua próxima visita ao pet shop.

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    + PETS

    Panetone canino
    Os pet shops já estão cheios deles: os panetones para cachorros. Diferentemente dos produtos de consumo humanos, eles não têm uva passa, chocolate ou rum, três ingredientes comuns nas receitas tradicionais e que são tóxicos para cães. E, na prática, atendem mais aos donos que aos animais –para os cães, que não ligam para o formato da guloseima, os panetones são só um petisco a mais. Portanto, servem de agrado ao animal, mas devem ser oferecidos com moderação. Os panetones de consumo humanos devem ser evitados.

    Cães na pista
    Quer andar de bicicleta e levar seu cachorro junto? A Jambo Pet acaba de lançar a Cycleash, uma guia que promete resolver o problema. O acessório consiste em uma barra que, presa ao banco, mantém o animal a uma distância segura das rodas e, ao mesmo tempo, segundo o fabricante, amortiza os eventuais descompassos entre o cão e o ciclista, garantindo uma condução segura da bike. A guia só pode ser usada em animais com mais de 10 kg e, claro, em velocidade que o animal possa acompanhar. Eu começaria em uma área ampla, sem outros ciclistas ou automóveis.

    Saiba mais jambopet.com.br

    sílvia corrêa

    Formada em jornalismo e veterinária. Atuou por 13 anos na Folha. Co-autora de 'Medicina Felina Essencial' (Equalis) e 'A Caminho de Casa' (Ed. de Janeiro). Escreve aos domingos.

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