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    Silvia Corrêa

    Litoral esconde vários riscos para os bichos

    27/11/2016 02h00

    Rodrigo Fortes
    Ilustração coluna Bichos 27 de novembro

    Verão. Férias. Praia. A família desce a serra com os bichos na bagagem e ignora os riscos silenciosos do litoral.

    O primeiro deles: o verme do coração. O parasito, cujo nome é dirofilária, é transmitido por um mosquito típico de regiões praianas. Ele se instala no coração, causando insuficiência, um quadro potencialmente fatal. A prevenção é mais fácil, barata e possível do que o tratamento: um remédio a cada 30 dias, começando um mês antes da viagem e só interrompendo um mês depois da volta.

    Além disso, os animais de pelagem branca estão sujeitos a lesões de pele, que podem virar câncer. O caminho é o protetor solar -e isso é um desafio, porque muitos se lambem até remover todo o produto. Se esse for o caso do seu cachorro, a única alternativa é retirá-lo do sol nos momentos mais quentes do dia.

    O terceiro e menos conhecido risco é a intoxicação por sal, relatada em cães que adoram nadar e passam o dia na praia, sem acesso à água doce. Com sede e agitados, eles acabam ingerindo a água do mar e, com o excesso de sal, o cérebro desidrata. Quando o animal recebe água doce de novo, ela inunda os tecidos, causando edema cerebral.

    De novo, a prevenção é a chave do negócio. Aliás, em saúde, quando a regra não é essa?

    *

    + PETS

    Contra vaquejadas
    O grupo Crueldade Nunca Mais, que advoga por penas mais duras em casos de crimes contra animais, planeja para este domingo (27) manifestações em várias cidade do país. Em São Paulo o ato está marcado para as 11h, no vão livre do Masp. O protesto é contra quatro projetos de lei e uma emenda constitucional (PEC 50/16) que propõem que rodeios e vaquejadas sejam considerados manifestações culturais e, assim, legalizados em todo o país. O Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou uma lei estadual do Ceará que regulamentava a vaquejada, aceitando o argumento de que a prática impõe sofrimento ao animal.

    Saiba mais: somoscontravaquejada.com

    Comida por wi-fi
    Uma start-up do Paraná, está lançando um comedouro automático que pode ser acionado por celular e promete ser a salvação de quem deixa os animais sozinhos em casa por longas horas. O equipamento exige uma rede wi-fi. Pelo celular, você seleciona a quantidade de ração e autoriza a liberação. O equipamento, que comporta 2 kg, emite um sinal sonoro, para avisar o animal. No começo, é claro, o pet deve ser familiarizado com a novidade. O comedouro está em fase de pré-venda on-line.

    Saiba mais: comedouroblue.com.br

    sílvia corrêa

    Formada em jornalismo e veterinária. Atuou por 13 anos na Folha. Co-autora de 'Medicina Felina Essencial' (Equalis) e 'A Caminho de Casa' (Ed. de Janeiro). Escreve aos domingos.

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