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    Silvia Corrêa

    Cuidados para levar o pet à praia começam um mês antes da viagem

    19/11/2017 02h00

    Rodrigo Fortes

    Fim de ano, férias, verão, sol... e mar. Sabidamente, entre dezembro e janeiro, o litoral é o destino de muitos brasileiros. Algumas famílias deixam os cães em hotéis, que lotam! Se esse é o seu caso, agilize a busca. Mas, se você prefere levar o pet para a praia, é hora de agilizar outras providências.

    A primeira e imediata: consulte um médico-veterinário para que ele prescreva um vermífugo que atue de forma preventiva contra a dirofilariose (a doença do verme do coração).

    Se você planeja viajar até o Natal, a medicação tem de ser dada agora e repetida a cada 30 dias, até a volta da viagem. Isso fará com que, quando chegar à praia, o cão ou o gato já tenha tomado duas doses do remédio, o que aumenta sua eficácia.

    Quem vai para o interior não precisa se preocupar tanto (o que não quer dizer que não haja risco), porque a Dirofilaria immitis é transmitida pela picada de mosquitos dos gêneros Aedes (sim! o da degue!) e Culex (a muriçoca), mais comuns nas regiões litorâneas.

    O mosquito inocula na pele a larva do verme, que migra até o coração. Os animais doentes têm sintomas de insuficiência cardíaca, mas eles só aparecem quando os vermes já estão adultos, o que demora meses.

    O tratamento é difícil, longo e pode não funcionar (o animal pode morrer de difofilariose). Portanto, prevenir é, sem dúvida, o melhor caminho. Se couber no bolso, associe ao vermífugo a colocação de uma coleira que tenha ação repelente (algumas duram oito meses).

    Outros cuidados? Antes da viagem, tenha certeza de que estão em dia as vacinas e o remédio contra pulgas e carrapatos (as coleiras repelentes também fazem essa função). E coloque uma plaquinha de identificação no pet.

    Na praia, considerando que você vá a uma região que aceite animais na areia:

    • Faça passeios usando a coleira (ninguém é obrigado a ser pisoteado pelo seu cão durante o banho de sol);
    • Escolha horas menos quentes do dia (cachorro não usa sapato e queima as patinhas no asfalto);
    • Passe protetor solar no bicho, sobretudo nos de pelagem branca (os produtos veterinários têm gosto amargo e inibem um pouco a vontade de ele tirar tudo a lambidas);
    • Garanta que haja sombra para ele se abrigar;
    • Ofereça água potável (a ingestão de água salgada pode intoxicar o animal e causar quadros neurológicos graves);
    • Recolha as fezes;
    • Banhe o animal na volta da praia, todos os dias (para evitar problemas de pele).

    Achou que é trabalho demais? Então encare a saudade e deixe o pet em um bom hotel.

    sílvia corrêa

    Formada em jornalismo e veterinária. Atuou por 13 anos na Folha. Co-autora de 'Medicina Felina Essencial' (Equalis) e 'A Caminho de Casa' (Ed. de Janeiro). Escreve aos domingos.

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