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    Tales Andreassi

    Empreendedorismo não se aprende só em cursos para adultos

    DE SÃO PAULO

    29/06/2014 02h00

    Quando se fala em educação empreendedora, geralmente pensamos nos cursos lecionados em universidades ou em programas de extensão para adultos que querem ser ou já são empreendedores. No entanto, esse tema pode ir muito além disso.

    Ao participar de uma reunião sobre o assunto em Swansea, no País de Gales, tomei conhecimento de uma iniciativa da Craigfelen Primary School, na qual alunos de dez anos de idade abriram um café, que funciona por uma hora todas as sextas-feiras pela manhã, na sede da associação comunitária do bairro em que o colégio está localizado.

    A experiência fez com que os estudantes desenvolvessem uma série de habilidades, como a comunicação, ao ter que atender os clientes e passar as informações necessárias. Além disso, eles conseguem entender a importância de algumas disciplinas, pois utilizam a matemática para calcular o lucro do café.

    Alguns inclusive já se interessam por determinadas profissões, caso de um aluno que, ao pesquisar a legislação necessária para o funcionamento do estabelecimento, está pensando em ser advogado.

    E os sonhos dessas crianças não param aí. Elas têm planos de trabalhar com outras escolas ao redor do mundo e quem sabe se internacionalizar! Vocês podem conhecer um pouco mais desta experiência pelo link bit.ly/1o83Xyn.

    No Brasil também há algumas experiências muito interessantes, como o Projeto Jovens Empreendedores - Primeiros Passos, realizado pelo Sebrae em turmas de ensino fundamental. A ideia é passar, por meio de dinâmicas e vivências, o comportamento empreendedor para jovens que têm de 7 a 14 anos de idade.

    Eles aprendem noções básicas sobre planos de negócios e também ensinamentos sobre colaboração, inovação e ética. Para cada faixa etária, uma atividade diferente estimula a ação empreendedora entre os alunos.

    Você que é pai ou mãe de filhos pequenos também pode dar esse tipo de estímulo a eles. Em vez de dar uma quantia fixa todo o mês, pode estipular uma mesada que varie de acordo com determinadas tarefas realizadas pelas crianças. Há um bom vídeo sobre isso no link bit.ly/1hQ9Blu.

    tales andreassi

    Escreveu até junho de 2016

    É professor e vice-diretor da Escola de Administração de Empresas da FGV-SP.

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