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    Tales Andreassi

    Tendências para 2015?

    19/10/2014 02h00

    Chega essa época do ano e muitos jornalistas me contatam para saber quais serão as tendências de negócios para 2015.

    Sinceramente, empreender porque você leu em algum lugar que negócios em setores x ou y vão dar muito dinheiro é começar com o pé esquerdo.

    Muito mais importante do que isso é você buscar uma oportunidade consistente de negócios em um determinado mercado de atuação.

    Para tanto, é importante ficar atento a alguns sinais: reclamação de clientes, filas, dificuldades encontradas pelos consumidores, processos complexos que poderiam ser simplificados. É o que estão fazendo algumas empresas de aplicativos de táxi.

    Antes, quando você queria um, tinha que ligar para uma central, que anotava seu pedido, localizava um carro, retornava sua ligação para passar os dados do motorista e avisar quanto tempo ele ia demorar.

    Todo esse processo complexo e impreciso foi substituído de modo muito mais eficiente por um aplicativo.

    Conhecer o setor no qual você quer empreender é outro fator essencial, então pode não valer a pena insistir em um certo mercado só porque ele está na lista de tendências.

    Pesquisas mostram que a maioria dos empreendedores americanos de sucesso teve a ideia do empreendimento a partir do trabalho anterior ou em razão de algum hobby. Ou seja, conheciam efetivamente o setor em que pretendiam atuar e já tinham formado uma boa rede de contatos quando resolveram abrir a própria empresa.

    Fundamental também é procurar entender o real objetivo que está por trás de sua decisão de empreender. Alguns adotam o empreendedorismo como "estilo de vida", ou seja, para garantir a subsistência ao final do mês. E não há nada de mal nessa escolha, desde que você se sinta feliz.

    Outros se interessam apenas pelo "empreendedorismo de alto impacto", que é construir um negócio com alto crescimento e penetração, na maioria dos casos para vender depois de algum tempo e fazer fortuna.

    Nesta opção, ter um modelo de negócios altamente replicável e escalável é primordial.

    tales andreassi

    Escreveu até junho de 2016

    É professor e vice-diretor da Escola de Administração de Empresas da FGV-SP.

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